Pegou carona

O protesto contra os atrasos recorrentes de repasses por parte do Governo de Minas foi ontem em Belo Horizonte e, por isso, a Prefeitura de Divinópolis decretou ponto facultativo. Mas, até onde se sabe, quem marcou presença foi o prefeito Galileu Machado, não todos os servidores. Muito menos os apadrinhados em cargos políticos. Péssimo para quem autorizou e feio para quem acatou. 

Não vem dinheiro...

...aí paralisa os serviços. É bem isso.  O Estado deve muito ao Município, isso é fato. O montante chega a cifra de R$ 83 milhões. Mas, não é parando serviços essenciais ao funcionamento da cidade que estes recursos aparecerão como um passe de mágica, como sugere a charge de Ricardo Welbert na página 9. Aliás, do jeito que as coisas andam, nem mágica resolve mais.

Justifica?

O protesto foi organizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM), que convidou prefeitos, vices e também vereadores. Algo que não se justifica, porque câmaras não recebem recursos. Não se explica muito menos parar um dia para apoiar o movimento, justamente em dia de reunião ordinária. É óbvio que todos os vereadores não foram ao protesto. Enquanto isso, três projetos que estavam na pauta foram adiados e a população, que paga caro por seus representantes e poderia ser beneficiada com algum daqueles textos, mais uma vez paga o pato. Ou, melhor, paga vereador e servidor para folgar ou passear.

Vai sobrar pra quem?

Se a Prefeitura avisou por meio de decreto, a Câmara valeu-se da mesma prerrogativa. Vereadores, a maioria foi avisada no fim da tarde de segunda-feira, pelos seus assessores. Uma meia dúzia que costuma ir aos gabinetes em dias sem reunião foi informada lá mesmo. Resumindo: a cidade ficou desfalcada dos dois principais poderes durante todo dia. A pergunta é: quem vai pagar a conta? O Executivo e o Legislativo é que não.

Muito é menos

Se somar mais três candidatos, um que morou fora, mas voltou agora para disputar as eleições, um de uma cidade vizinha e outro que sempre está por aqui nesse período, à caça dos eleitores, o número de candidatos por Divinópolis equivale ao dos vereadores da Câmara. Principalmente na política, nem sempre quantidade quer dizer qualidade. Porém, nesse quesito ninguém pensa assim. E o risco é, mais uma vez, de a cidade ficar a pé de representantes. Lamentável!

Aperto

Mas, ainda bem, que apesar do pouco tempo, os eleitores têm algumas formas de conhecê-los melhor durante a campanha. E um delas são os debates. Muitas vezes os embates ajudam na hora da escolha. E os postulantes que se julgam preparados não vão escapar dessa prova, ainda bem. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) promove hoje e amanhã debates com candidatos a deputados estaduais e federais da cidade e região. O encontro é aberto aos associados e gratuito. Essa é a hora! Com a palavra, o eleitor.

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