Passarela arte

Wagner Penna 

Os desfiles de moda têm uma função maior que apenas mostrar roupas novas e os novos lançamentos das marcas. O vaivém das modelos são um dos mais fortes componentes de marketing de uma grife, replicado em milhões de vezes pelas redes sociais e pela imprensa em geral.

  Mas vai além disso. Outro ponto é destacar o conceito da marca, por meio de cenários compatíveis com seu estilo e o perfil de sua clientela. Neste aspecto, convites a artistas variados são feitos para criarem algo fora do comum – e os resultados são incríveis.

  Nos últimos tempos, as passarelas ficaram minimalistas, em razão da crise econômica e utilização de outros recursos de marketing – como os tapetes vermelhos, as fotos com “influencers”, blogueiras etc. Felizmente, nos recentes lançamentos europeus, as passarelas voltaram a ganhar toque mais artísticos, caso da Dior, Saint Laurent e Prada. Na direção contrária, a Chanel – que sempre fez passarela suntuosa – voltou ao minimalismo.

Vaivém

  • Depois do fiasco com uma campanha que abordava negativamente a questão da cerveja contaminada, a Hering faz, agora, campanha taxando o decote “tomara que caia” de machista. Colocou uma atriz orientando que deve ser chamado somente de blusa ou vestido sem alça. Sem comentários.

 

  • A moda mineira tem movimentado mês de março. A saber: além dos lançamentos em pronta-entrega do inverno 2020 nos showrooms das marcas, em Beagá, vai ter a BH à Porter, a partir do dia 23. O evento marca o fim das vendas da estação fria.

 

  • O circuito de lançamentos da moda (casual) internacional para o verão do hemisfério norte, sempre realizado em maio, com os desfiles resort ou cruise, corre sérios riscos por causa do coronavírus. Várias marcas de peso estão cancelando os desfiles, por esse motivo.

Ponto final. As primeiras reuniões dos setores responsáveis pela moda nacional foram feitas, nesta semana, para avaliar as consequências do coronavírus na cadeia têxtil brasileira. O primeiro impacto será na entrega de têxteis e confeccionados, já que essa indústria foi muito afetada na China – de onde muitos compram o produto. Vamos aguardar novas informações.

 

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