Pandemia e seus efeitos

Adriana Ferreira

Devido ao novo coronavírus, várias partes do mundo se viram em situação de isolamento social. Bom, isso não é novidade para ninguém. E o mundo se tornou solidário, mais acolhedor. Afinal, estamos todos no mesmo barco. Só que não! Primeiramente, não estamos nem nas mesmas águas,  quanto mais no mesmo barco. Quanto à solidariedade, ao acolhimento, para muitos é utopia. Isolamento social é pesadelo.

Família

Com o desemprego e, consequentemente, os problemas financeiros advindos,  falta de acesso à saúde de qualidade, aumentou de forma assustadora a violência contra a mulher, independentemente de idade, e crianças, independentemente de sexo. Nunca se espancou tanto, nunca se estuprou tanto. Em nenhuma outra época, pai, mãe, padrasto e madrasta colocaram a vida de tantas crianças em perigo. Por mais que a imprensa demonstre o quão atrozes podem ser aqueles que devem proteger, os casos continuam aumentando. Infelizmente, está se tornando comum policiais atenderem ocorrências em residências e dizerem que em vários anos no ofício nunca haviam se deparado com tanta atrocidade. Quem é que vai acabar com isso?



Casé Fortes

Divinópolis tem no promotor de Justiça da Infância um incansável lutador da causa infantil e adolescente. Proteger a infância e a adolescência   tem sido a sua bandeira. Sua campanha “Todos Contra a Pedofilia” segue firme e cada vez mais pessoas têm aderido. Como a pandemia trouxe mais crianças e adolescentes em situação de risco, pode-se afirmar que seu trabalho aumentou e isso ocorreu porque nunca as crianças estiveram tão em risco e em suas próprias casas. Seu maior sonho é dar por findada a campanha porque o abuso sexual de crianças e adolescentes não mais existe, que sua luta já  não será mais  necessária, mas isso somente ocorrerá quando o homem deixar de ser o lobo do homem, ou seja, nunca. A pandemia está aí para provar isso. Se firme, Casé!

Conselho Tutelar

Esta colunista não está citando Divinópolis, mas, por este país continental, não raro uma criança morta pelos pais, padrasto, madrasta, a  família já estava  sendo monitorada pelos conselheiros. Por que não as tiraram do convívio? 

Profissão de risco

Jornalista  brasileiro deveria receber adicional de periculosidade, uma vez que vive em um dos países que mais mata esses profissionais, chegando a ganhar de países em guerra. Trágico!

Servidor público

Que suas condições de trabalho precisam de mais atenção, isso não há dúvida, pois as maiores perdas para a covid-19 estão entre eles, mas pedir aumento diante de uma calamidade financeira e queda de arrecadação não é legal. Uma pergunta: vai tirar de onde? 

Carlos Magalhães

Perdeu Divinópolis, ganhou Cláudio. 

Benedictus

Faltam poucos dias para Euler Alves e toda a equipe do restaurante mais top da cidade acenderem 4 velinhas. Mais que um aniversário de mais um ano de existência, será também um brinde à  reinvenção, à resistência à covid-19. Aplausos!

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