Os amores não vividos

Laura Ferreira 

 

A reflexão é o mais belo ato de amor com nós mesmos, pois através dela podemos recorrer a ensinamentos derivados de experiências (sejam elas quais forem) e ponderar sobre o futuro. 

Cada relacionamento traz consigo aprendizados. Analisando amores vividos, orno minha mente com peculiaridades intrínsecas de cada um, sem deixar de observar as marcas tênues entre eles.  

É inevitável nos lapidarmos e passarmos por mudanças. Mas são evidentes os fardos que somos predestinados a carregar. Nesse contexto, recordo-me das várias possibilidades que tive com homens belos, inteligentes e dotados de objetivos semelhantes aos meus.  

Entretanto, minhas recorrentes instabilidades e características peculiares da psicose não permitiam um relacionamento saudável e duradouro. Entre idas e vindas, principalmente idas, vários amores não foram vividos. Como um atleta que depois de muito treino consegue um bom preparo, aprendi a lidar com minhas instabilidades por meio de medicamentos e treinando minha mente para agir nas diversas circunstâncias e adversidades. 

Depois de muito preparo, fui acometida por um desgaste emocional muito grande. Inúmeras foram as minhas tentativas de revitalizar emoções, sem sucesso, embora tenha recebido um presente divino. 

Hoje, libertada do desgaste que tive e curada das feridas e marcas do passado, posso vivenciar uma nova oportunidade amigável e amorosa que a mim é concedida. Espero que traga vida. 

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