Olha a onda!

Adriana Ferreira 

E não é que retrocedemos para a onda amarela correndo o risco de decairmos à onda vermelha?  Com a onda amarela, vários estabelecimentos tiveram que fechar as portas e outros tiveram que mudar seu horário de funcionamento. O resultado de tudo isso é mais agravamento para a já instalada crise econômica. E a crise sanitária?

Bem...

Não se trata aqui de negar a existência de uma crise sanitária que obriga a tomar medidas drásticas,  mas qual o critério? Se, com a onda verde, praticamente a normalidade foi retomada e com isso, infelizmente, houve o aumento de números de casos de infetados pela covid-19, foi feita uma pesquisa para saber onde a pessoa infectada poderia ter sido contaminada? 

Vejamos

Fecharam  os clubes, nos quais seus frequentadores buscam na maioria das vezes praticar exercícios que são sinônimos de saúde. Na onda verde, os clubes foram reabertos com regras para evitar aglomeração e contaminação. Regras também foram dispostas para academias, bares, restaurantes. Enfim, para o comércio em geral. Todos estão seguindo as regras e, contra quem não está, medidas legais estão sendo tomadas pelo Poder Público e isso é que é o correto. A penalização individual tem efeito pedagógico. A coletiva não! É preciso desenhar?

E o busão?!

Em  relação aos coletivos, nada relevante foi feito. Continuam lotados, sendo que a única coisa que mudou em relação a eles foi o fato de políticos estarem usando para fazer politicagem. No mais, é como se o novo coronavírus soubesse discernir. Se pelo menos fosse como em Nova Iorque, onde os coletivos passaram a ser gratuitos durante a pandemia, aí teríamos visto algo em favor do usuário.  Ficam aqui as perguntas: há mais riscos de contaminação em todos os lugares, menos nos coletivos? E, claro, nas intermináveis filas da Caixa Econômica Federal? 

Lembrete 

Não custa lembrar aos políticos em mandato e seus assessores que não adianta o discurso de não usar dinheiro público e se valer de seu cargo para trabalhar para esse ou aquele candidato. Fazer campanha política  em exercício de mandato eletivo é usar dinheiro público, ainda que indiretamente. Isso vale para qualquer um, independentemente de partido ou espectro ideológico. 

Renúncia

A coluna não poderia deixar de mencionar o deputado federal Aécio Neves (PSDB) que em março de 2010 renunciou ao governo de Minas Gerais para se dedicar à sua candidatura para o Senado, e a candidatura de seu vice à cadeira-mor do Estado, o atual  senador  por Minas Gerais, Antônio Anastasia (ex-PSDB, atual PSD), que, eleito governador, renunciou em 4 de abril de 2014 para coordenar o plano de governo de Aécio Neves para a Presidência da República. 

Pois é

Quer fazer campanha sem usar dinheiro público? Renuncie e se dedique integralmente ao seu candidato. Exemplos já temos e em nossa Minas Gerais. Será? 

Aplausos I

Dia 18 de outubro é o Dia do Médico e a coluna deseja a todos, principalmente aos da linha de frente no combate à covid-19, e nos quais a colunista inclui sua sobrinha a jovem Laura Carolina Ferreira e também a doutora Júlia Albernaz de Souza e sua mãe, doutora Sandra Regina de Souza Albernaz.

Aplausos II

Parabéns aos enfermeiros, em especial à Marlene Joana, à  Iris Machado e à Conceição Zica, por meio das quais esta colunista abraça a todos os profissionais e, claro, também aos responsáveis pela limpeza dos hospitais, das UPAs, aos lixeiros, aos motoristas e trocadores de ônibus. A todos os profissionais que se dedicam a encarar essa pandemia de frente, nem sempre com a devida proteção,  nossos aplausos de pé e desejos  de muito sucesso e  muita saúde para vencer essa guerra, mas muita saúde mesmo! Sem a dedicação de vocês, sem vocês se arriscarem todos os dias, seria muito mais difícil. Gratidão a todos! Se cada um de nós fizer a sua parte e, desde o primeiro momento, contando com a dedicação de vocês, venceremos!

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