O velho e o novo 17

CREPÚSCULO DA LEI – ANO III – CXLV

Domingos Sávio Calixto - O VELHO E O NOVO 17

Há algo de metafísico nos números que os pitagóricos e pré-socráticos já compreendiam e ensinavam. Cada número é um universo infinito, em diversos sentidos. Assim, o velho 17 foi expectativa e decepção dentro de um apogeu simbólico corolário à ontologia dos afetos, da angústia e do ódio, como também fez emergir a decadência de um poder que deveria dizer o direito, e não perseguir pessoas. Veja-se o novo 17:

  1. Caso do triplex do Guarujá – A defesa provou que Luiz Inácio nunca foi dono. Foi perseguido, mas o STF anulou o caso em duas decisões, absolvendo-o. Inocentado;
  2. Caso do sítio de Atibaia – A defesa provou que Luiz Inácio nunca foi dono do sítio, muito menos recebeu qualquer dinheiro para reformá-lo. Caso anulado pelo STF;
  3. Caso da tentativa de reabertura do (mesmo) caso Atibaia ‒ A defesa de Luiz Inácio venceu os argumentos da Procuradoria e a juíza da 12ª. Vara Federal de Brasília rejeitou nova abertura. Caso arquivado. Inocentado;
  4. Caso do terreno do Instituto Lula – A defesa de Luiz Inácio provou que o Instituto sempre funcionou em sede própria. Caso anulado pelo STF. Inocentado;
  5. Caso das doações para o Instituto Lula – A defesa de Luiz Inácio provou que todas foram legais e legítimas, devidamente declaradas à Receita Federal. Caso anulado pelo STF. Inocentado;
  6. Caso do “Quadrilhão” do PT – Essa grave perseguição do Ministério Público Federal foi considerada pela 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília como tentativa de criminalização sem fundamento. Luiz Inácio foi inocentado;
  7. Caso “Quadrilhão”II – Uma segunda e repetida “denúncia” do MPF foi igualmente rejeitada e arquivada. Luiz Inácio inocentado;
  8. Caso Delcídio – A defesa provou que era falsa a delação de Delcídio do Amaral contra Luiz Inácio. A acusação nem recorreu. Inocentado;
  9. Caso das palestras – Outro inquérito determinado pela Vara Federal de Sergio Moro. A defesa provou que todas as palestras foram realizadas sem qualquer ilicitude. A juíza substituta Gabriela Hardt teve que reconhecer a inocência de Luiz Inácio;
  10. Caso da Lei de Segurança Nacional ‒ Como ministro do velho 17, Sergio Moro requisitou (outra) abertura de inquérito contra Luiz Inácio. O inquérito foi sumariamente arquivado pela 15ª Vara Federal de Brasília. Inocentado;
  11. Caso do filho de Lula – A defesa de Luiz Inácio provou que eram falsas as acusações perante a 6ª Vara Federal de São Paulo. Denúncia falsa e arquivada, caso encerrado. Inocentado;
  12. Caso do irmão de Lula – A defesa de Luiz Inácio provou que seu irmão, frei Chico, não se envolveu em nenhuma irregularidade junto à Odebrecht. A 7ª Vara federal de São Paulo rejeitou a denúncia. Caso encerrado;
  13. Caso do sobrinho de Lula – A defesa de Luiz Inácio também provou que o sobrinho dele não se envolveu em nenhuma irregularidade junto à Odebrecht. O Tribunal Regional Federal da Primeira Região trancou o caso por conta de uma denúncia sem provas (inepta);
  14. Caso invasão do Triplex – A defesa de Luiz Inácio provou junto à 6ª Vara Federal de Santos que ele não teve envolvimento na invasão do tal triplex em 2018, pelo MSTT. Caso encerrado. Inocentado;
  15. Caso Carta Capital – A defesa de Luiz Inácio demonstrou que a Lava Jato criou uma farsa para caracterizar contratos ilegais de patrocínio ilegal da Odebrecht com a revista Carta Capital. A própria Polícia Federal pediu arquivamento. Caso encerrado;
  16. Caso da MP 471 – A defesa de Luiz Inácio provou sua inocência em “propina” quando da MP 471 que prorrogou os incentivos à indústria automobilística. A 10ª Vara Federal de Brasília decretou a absolvição destacando falta de justa causa para a ação. Inocentado;
  17. Caso da Guiné – A defesa de Luiz Inácio provou que ele não praticou tráfico de influência. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região trancou a ação penal reconhecendo falta de elementos para a ação penal. Inocentado. 

Ora, convenha-se que este novo 17 veio para superar o velho e, como previsto pelo oráculo das revelações, a verdade libertará. 

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