O fiel da balança

 

Vereador Kaboja (PSD) eleito presidente da Câmara Municipal de Divinópolis para o mandato 2019/2020, felizmente será o fiel da balança na relação da Casa Legislativa com o governo Galileu Machado (MDB). Por que felizmente? Porque Kaboja é da base de sustentação do governo na Câmara. E nesta crise financeira pela qual passa a Prefeitura, ter a compreensão e a visão correta do caos, já é uma ajuda. Uma Mesa Diretora oposicionista só iria complicar mais ainda a busca pela superação desta calamidade financeira.

Professores: alvo errado 

Os professores da rede municipal de educação fizeram na quarta-feira, 28 um protesto na porta da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Os profissionais reivindicavam o pagamento dos salários referentes aos meses de setembro e outubro, que estão atrasados. Como estratégia de pressão, concordo com os professores, mas quanto ao resultado prático da tática, não! Ora, a secretária de Educação, Vera Prado, não vai conseguir “tirar leite de pedra” ou não vai tirar do cofre vazio da Secretaria o pagamento dos salários atrasados.

Insisto: o grande culpado pelos atrasos dos salários chama-se Governador Fernando Pimentel (PT). Portanto,  a atitude  indicada ou o que pode dar resultado positivo é os professores de todas as cidades mineiras, com suas verbas presas nos cofres do governador, acampar na porta do Palácio da Liberdade e só sair de lá com os salários em dia.

 Roger tem razão

 Na reunião ordinária do dia 27, o vereador Roger Viegas (Pros) declarou que ficar dizendo aos professores em greve “tamos juntos e conte comigo" não é solução para resolver atrasos de salários. Aliás, ainda não entendi como os professores em greve não perceberam o discurso “embromation” de alguns edis. Vereadores ficarem apenas jogando a culpa no prefeito Galileu Machado,  demonstra desconhecimento da verdade ou  visão distorcida dos fatos. Desta vez, o prefeito Galileu Machado, que em mandato passado atrasou três meses de salários e o 13 º dos servidores para fazer obras, não é o culpado pelos atrasos de salários. O grande culpado, e Minas Gerais inteira sabe, é governo petista.

 Discurso “embromation” 

Não adiantam os discursos inflamados de vereadores para buscar aplausos fáceis de professores em greve, que superlotam a Câmara nas reuniões ordinária de terça e quinta-feira. O que edis têm que buscar são as vias práticas, que resolvam o caos instalado na vida do professorado, em razão dos atrasos dos salários. Para solução imediata, eles e seu corpo jurídico têm que encontrar uma saída para obrigar o Governo Pimentel a liberar os R$ 108 milhões, devidos à Prefeitura.

Quem sabe tentar um acordo junto à Advocacia Geral da União (AGU), com a participação do Ministério Público Federal, para que a União faça o repasse diretamente para o Município, não enviando para o Tesouro Estadual? Ou a Prefeitura tentar uma medida liminar para compelir a União Federal a fazer os repasses diretamente ao Município?

 O que propõe os vereadores? 

Até agora, o que vimos de propostas dos vereadores para resolver o caos financeiro instalado na Prefeitura foi ineficaz. A solução definitiva foi proposta no início do mandato Galileu Machado: aumento de receita via revisão da planta de valores do IPTU, lembrando que “rever” não significa aumentar indiscriminada e coletivamente, mas ajustar, compatibilizar tributos à propriedade territorial.

Alguns vereadores não concordaram com as propostas do Executivo e a controvérsia aflorou.

Para edis da oposição, o mote é se apresentar como “paladino dos interesses da população, postando-se contra a revisão do IPTU. Mas a população já está percebendo que a resistência de alguns vereadores da oposição de permitir o ajuste de receita municipal tem como estratégia estrangular, inviabilizar a Administração Galileu Machado.

Explico: vereadores que não apresentam propostas para obrigar o governador Pimentel a pagar à Prefeitura R$ 108 milhões que lhe pertencem, e não permitem o ajuste da planta de valores do IPTU, querem exatamente o quê, para Divinópolis?

 

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