O Circo das Ilusões faz última apresentação no Teatro Gravatá

Com linguagem de teatro de rua, espetáculo é apresentado em único ato

Jorge Guimarães

Comemorando 23 anos de existência, a Associação Dramágico de Teatro, oferece ao seu público mais uma realização, da Divina Cia. de Teatro. Isso não pode deixar de sugerir uma observação natural, tendo em vista que a companhia de teatro por suas características, sintetiza, simboliza e expressa bem a própria instituição, que em sua constituição se abriga as mais variadas formas de expressão, tais como a música, através do extinto conjunto “Os Alkimixtas”, por exemplo, criado por Neli Macaia, que o público divinopolitano, certamente deve se lembrar.

O que tem assinalado a Divina Cia., ao longo de sua existência,  é seu empenho na busca do novo, do criativo, do inusitado. Ela tem mobilizado seu talento visando à renovação da linguagem teatral, a substituição do convencional pelo inovador, do desgastado pelo eficaz, da estética conformista pela revolucionária.

Última apresentação

O primeiro espetáculo produzido e apresentado na II Mostra Divergente de Teatro já foi visto em Divinópolis e fará sua última apresentação na cidade, no Teatro Gravatá, nesta sexta, às 20h.  Com linguagem de teatro de rua, o espetáculo é apresentado em um único ato, contando a história de um circo e seus personagens, entre alianças, amores  e desavenças, os personagens que vivenciam suas angústias de uma perspectiva sobre o amor. A morte e vida. Em cena. Neli Macaia, que assina a direção da peça, lembra que as diversas camadas do espetáculo foram surgindo ao longo do período dos ensaios. Vendas antecipadas na Boutique do Livro.

— Seguimos a diretriz dos autores e também com o trabalho dos atores na construção do espetáculo, que está em constante aperfeiçoamento — relata Neli.

Peça

Abandonados diante dos seus amores, os personagens deste estranho circo, mortos se levantam de seus caixões e se dirigem à cidade, provocando uma reflexão na população.

O Circo das Ilusões é, antes de tudo, um espetáculo corajoso. Trata-se de um exemplo da vertente do realismo fantástico, de grande repercussão na literatura latino-americana, embora mais rara no Brasil. Os textos são de autoria de Fernando Pessoa, Adélia Prado, Federico Garcia Lorca, Victor Hugo, Verlaine, entre outros sobre o tema amor.

Cia

A Divina Cia. de Teatro é formada por artistas inquietos, depois de apostar em uma poética autoral e de mergulhar no universo do ser e do vir a ser que ser e do vir a ser que se articula dentro da realidade em movimento, os integrante do núcleo base sentiram a natural necessidade de avançar com o espetáculo realizando uma turnê por cidades mineiras.

As próximas montagens da Cia. serão: O Amor Natural de Carlos Drummond de Andrade e Anátema de Roberto Alvim.

Informações pelo telefone: (37) 98846-8364 com o produtor, Valério Peguini.

Ficha técnica

No elenco os atores: Heitor Júnior, Rosa Mística, Guilherme Gontijo, Tânios Abib, Clo Mari, Jovita Cristina, Moisés Silva, Pedro de Lorenzi, Bárbara Gonçalves e Valério Peguini. A sonoplastia fica a cargo de Nathan Sanches e a preparação corporal e vocal, visagismo, fica a cargo de Valério Peguini. Já o figurino é dividido entre Renato Diaz e Fabiana Souto, com a direção geral sendo executada por Neli Macaia.  A direção de Arte ficou com Átila Meireles Neli Macaia, Paulo Oliveira é o cinegrafista e as fotografias são divididas entre Arjuna Meireles, Eli Penha e Fabiana Souto com Making-off de Arjuna Meireles.

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