Novo em quatro

Preto no Branco 

O Partido Novo, do governador Romeu Zema, definiu que vai disputar a eleição de prefeito em apenas quatro cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Araxá, Contagem e Poços de Caldas. O município de Juiz de Fora poderá participar do processo lançando apenas candidatos a vereadores. As cidades de Uberaba, Uberlândia e Patos de Minas não conseguiram viabilizar candidaturas. Divinópolis nem chegou a participar do processo seletivo do próprio partido, portanto, está fora da disputa para prefeito e vereadores. Quem diria, cidade que Zema chegou chegando e teve quase 80% dos votos.

Não se explica

Aliás, tem uma situação bem estranha em Divinópolis, quando se trata de representatividade nos governos e parceria entre o Município e o Estado. Não é de hoje que os governadores de Minas viram as costas para cidade e, quando o assunto são as visitas, então, eles (PSDB, PT e agora Novo) simplesmente ignoram. Só para ilustrar casos mais recentes, englobam aí neste descaso Antonio Anastasia, Fernando Pimentel e agora Romeu Zema. Este último ainda tem um desconto porque está à frente do Estado há apenas um ano. Mas já prometeu vir pelo menos três vezes e nada. Afinal, o que está ocorrendo com a “Cidade do Divino”?

Não merece

Divinópolis e seu povo não merecem ser tratados deste jeito. Não é de hoje que tudo aqui não passa de promessas, a tirar pelo socorro que vem de Brasília, principalmente por parte do deputado Domingos Sávio (PSDB), a cidade fica a mercê dos governos, da boa vontade e do “se sobrar”. Ainda bem que Fabiano Tolentino também foi para a capital federal para dar uma força, senão, é difícil falar o que seria da nossa cidade. Além de merecer muito mais do que isso, Divinópolis precisa e deve ser valorizada, afinal, foi, é e sempre será importante para este Estado e para o país. E será desde que alguns parem de insistir nesta política ultraconservadora que não leva a cidade a lugar nenhum, apenas fere a independência dos veículos de comunicação e a liberdade fundamental da sociedade.   

Adeptos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, e o premier húngaro, Viktor Orbán, são alguns que aderiram a este tipo de política, em alguns momentos até violenta. No Brasil, mesmo que em menor proporção, o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), também é fã desta prática. Os métodos usados por eles incluem sistemáticos ataques à imprensa, uso de redes sociais para anunciar decisões de governo, desconsideração por dados e evidências científicas, defesa da pátria, e medidas de ruptura em áreas como meio ambiente e educação. Tem seus seguidores e fãs, é claro, como também a esquerda que pratica atos condenados por eles. É exatamente esta divisão desnecessária (no gogó), porque na prática é todo mundo a mesma coisa que castiga cada dia mais a população. A que deveria ser tratada a pão-de-ló, pois, sem ela, eles não seriam ninguém. Motivo mais que suficiente para jogar por terra toda arrogância e prepotência.

Só acredito...

As reuniões ordinárias na Câmara de Divinópolis voltam no dia 4 de fevereiro e já existe a promessa de análises de assuntos importantes da legislatura passada. Um deles, a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a “CPI dos Áudios”. Durante cerca de oito meses, a comissão investigou a suposta oferta de cargo púbico a Marcelo Máximo Morais, o Marcelo Marreco, que teria partido do prefeito Galileu Machado (MDB). Eu só acredito vendo. Afinal, foram várias promessas de se concluir esta investigação, votar a Planta de Valores e outros. O tempo passou, 2020 chegou e nada. Melhor dizendo, houve sim: vereador prometendo de novo, outros dizendo que projeto não poderia ser votado, uma bagunça só. Por estas e outras, não dá para confiar nas previsões do Legislativo.

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