Mulher encontrada morta levou 41 facadas e tiro na cabeça

Delegado acredita que morte teria sido “acerto de contas”

 

Rafael Camargos

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Jane Silva, de 46 anos, encontrada morta na quarta-feira, 21, no bairro Universitário, próximo ao Serviço de Referência em Saúde Mental (Sersam) tenha sido mais uma vítima do tráfico de drogas em Divinópolis. Na manhã de ontem, 22, foram presos os dois suspeitos do crime.

Kaique Ariel Teixeira, de 22 anos, e Thiago Teixeira Silva, 19, deram 41 facadas e um tiro na cabeça da vítima. A dupla, que agiu friamente, nega envolvimento no caso. Ambos, porém, reconhecidos por testemunhas.

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, Marcos Henrique Mont’Alverne, o delegado Marcelo Nunes esteve no local com um perito. Parentes da vítima disseram a eles que ela usava drogas.

Ainda conforme os relatos, duas pessoas teriam saído com a vítima por volta da meia-noite. Com as informações, os investigadores conseguiram identificar Thiago Teixeira Silva. Ele foi preso em casa, no bairro Itaí.
Ainda segundo o delegado, durante depoimentos os envolvidos relataram que várias pessoas consumiam drogas na casa da vítima.

Procura pela vítima

As provas colhidas apontaram que Thiago procurou pela vítima por duas vezes na noite de terça-feira, 20, e só na terceira vez, já na madrugada de quarta-feira, conseguiu encontrá-la, já com o segundo suspeito do crime, também preso em casa, no bairro São Luis.

— O Thiago é traficante. Testemunhas disseram que viram ele tirando uma faca de mais ou menos 10 centímetros de dentro do moletom — explica o delegado Mont’Alverne.

Ainda segundo ele, o suspeito chamou a vítima para ir perto do Sersam, onde o suspeito usa e esconde drogas.

Aviso aos familiares

Antes de sair de casa, Jane avisou a parentes que estava saindo com os suspeitos. Antes de deixar o local, ela foi perguntada e disse que estaria próximo ao Sersam, onde costumava ser vista durante o dia com o objetivo de esconder drogas.

— A filha da vítima disse que ela não estaria mais adquirindo drogas do Thiago, mas nós não sabemos o que se passou na cabeça do suspeito. Porque ambos, mesmo diante das evidências, negaram participação no crime e entraram em contradição — afirma Mont’Alverne.

A dupla confirma que esteve no local.

Provas

Ainda segundo os investigadores, as provas não deixam dúvidas sobre o envolvimento dos suspeitos. A faca e as roupas foram lavadas, mas tinham indícios de sangue. As peças foram recolhidas.

— Ambos mostraram certa frieza ao serem presos. Quando a pessoa é detida injustamente, mostra revolta — explica.

Os suspeitos vão responder por homicídio qualificado, por não terem dado chance de defesa à vítima.

 

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