Moda eterna

Em tempos de fast-fashion (modinha rápida) e a tendência de alugar roupa em vez de comprar, dois eventos internacionais mostram que a boa moda sobrevive – e até virou investimento. O primeiro caso é o da jaqueta criada por Yves Saint-Laurent, na década de 1960, bordada com os girassóis de Van Gogh – que foi leiloada por 382 mil euros. Ficará numa galeria na Austrália.

O segundo foi o sucesso do desfile da Chanel, com a preciosa alta-costura feita pelos Métiers d’Art – com peças exclusivas e criativas. Essas oficinas de arte são estimuladas pelo governo francês e algumas (cerca de 12) estão sob a responsabilidade da Chanel e objetivam preservar a técnica de bordar, costurar a mão, trabalhar o couro – e muitos outros ofícios em risco de extinção.

Ambas as iniciativas preservam o saber fazer e valorizam a cultura local.  Um bom exemplo.

Por aí...

  • A turma da moda mineira entra em recesso em meados do mês e só volta a trabalhar em janeiro. Estamos falando das confecções e fábricas do setor que, nesse período, têm um merecido descanso. Em janeiro, tudo recomeça com as feiras de sapato & bolsa em São Paulo. 
  • O estilista Eduardo Amarante é o novo contratado da grife Lança Perfume. O profissional até aqui trabalhava na Skazi, na qual ajudou a impulsionar a marca para o patamar de sucesso atual. 
  • A boa surpresa de um trimestre com crescimento positivo reflete-se nas vendas do Natal. Segundo as entidades ligadas ao comércio, espera-se um aumento de até dois dígitos em alguns segmentos – como o de moda esportiva. Amém. 
  • Ponto final. Enquanto a moda mineira está em compasso de espera em relação a novos incentivos para crescer, em alguns estados vizinhos o setor mostra sua importância e força. O caso mais interessante é o Espírito Santo, onde isenções e financiamentos fizeram a indústria de moda local ter um ritmo de crescimento invejável nos últimos anos. Sem comentários. 

 

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