Mente bem dirigida

Diz a filosofia oriental que “oscilante e agitada é a mente, difícil de vigiar e refrear; que o sábio endireite sua mente como um arqueiro endireita a sua fecha”.

Não seria difícil de perceber que nossa mente, muitas vezes, encontra-se carregada de pensamentos, que acabam “pesando” e cansando-a. Também percebemos que o desgaste originado de uma mente oscilante é muito maior do que uma sessão exigente de exercícios físicos. Há estudos que comprovam que uma mente mais aguçada seria capaz de pensar mais de 300 pensamentos por minuto e que, se fossemos pronunciá-los, conseguiríamos falar mais de 150 palavras por minuto.

Trata-se de uma tarefa difícil de conquistar, comparada com a façanha de um arqueiro que endireita sua flecha. E da mesma forma, diante de vários pensamentos, devemos endireitá-los e selecioná-los buscando aqueles que se encontram no alvo, caracterizado aqui pela justiça. Poderíamos dizer que o homem erra por um problema matemático, por perder este ponto justo. Este desafio exigirá certo discernimento, que terá como tarefa a de separar “o joio do trigo”, o “leite da água”, com uma boa dose de vontade e esforço conseguiremos.

“Como um peixe que é jogado na terra seca, tirado de seu mundo das águas, a mente se agita e luta para se livrar do poder da ilusão.”

Acontece que a filosofia ensina-nos que a nossa mente é dividida em duas partes, uma coloca-nos em contato com a matéria, sendo ela científica e material. E a outra parte da mente que chamarei de filosófica, visto que coloca-nos em contato com arquétipos humanos superiores, trazendo-nos ideias de ordem, de bem e de justiça.

Por isto, devemos elevar nossa consciência buscando o de mais elevado que existe em nós, buscando as “estrelas” como dizem os poetas.

“Um inimigo pode ferir seu inimigo e um homem que odeia pode fazer mal a outro, mas a própria mente de um homem, se dirigida erradamente, pode fazer-lhe um mal muito maior.”

“Um pai, uma mãe ou um parente pode sem dúvida, fazer o bem a um homem, mas a sua própria mente bem dirigida pode fazer-lhe um bem muito maior”.

Aqui considero como um grande presente, para aqueles que quiserem recebê-lo, trata-se de um ensinamento que coloca em nossas mãos as chaves para encontrarmos o nosso bem, que estaria ao alcance de nossas ações, se estas estiverem dirigidas com consciência e respeito às leis naturais.

 

Professor e filósofo à maneira clássica

Elismar José Alves

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