Médicos da UPA dão prazo para prefeitura pagar salários

 

Rafael Camargos  

O corpo clínico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Divinópolis se reuniu novamente na manhã de ontem, para tomar uma decisão a desrespeito dos salários atrasados de setembro.  

Ficou decidido no encontro que os médicos aguardarão até segunda-feira, 4, para receber o salário referente ao mês de setembro.  

O diretor clínico da unidade, Rodolfo Monteiro Barbosa e o presidente da Comissão de Etica da UPA, Tarcísio de Freitas, assinaram um documento que indicava que o pagamento deveria ser feito até a quinta-feira, 30, porém o dinheiro não foi depositado em conta.   

Caso seja concretizada, esta será a segunda vez neste mês que os médicos suspendem parte dos atendimentos. A unidade de saúde atendeu no último dia 14, os casos considerados como de "urgência e emergência" - que são aqueles nos quais os pacientes correm risco de morrer. Os demais são direcionados aos postos de saúde. 

A Prefeitura informou que recebeu a notificação do Governo Federal dizendo que o dinheiro foi empenhado. Disse ainda que mesmo pode cair a qualquer momento na conta. 

 Mês passado  

Depois de uma paralisação, os médicos concordaram em normalizar os atendimentos no último dia 15, após a Prefeitura prometer pagar os salários atrasados. No dia anterior, os profissionais passaram a atender apenas a casos considerados graves, em forma de protesto contra os atrasos contínuos.  

A decisão foi tomada em reunião com os O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Renato Ferreira (PSDB), os vereadores Janete Aparecida (PSD). No mesmo dia, numa reunião Prefeitura, desta vez com o prefeito Galileu Machado (PSDB) e o deputado Domingos Sávio (PSDB), garantiu via vídeo conferência uma emenda de R$ 1 milhão para a UPA, que deverá ser liberada até o próximo dia 30. 

 Relembre  

Em carta encaminhada ao MP em setembro, o diretor clínico relatou que a unidade está há cerca de 90 dias com a falta de materiais básicos para o atendimento à população. 

Na unidade faltavam, algodões, talas gessadas, medicações, materiais de limpeza e higiene. 
Ainda conforme documento assinado pelo diretor, para tentar resolver esta situação, todo o material foi solicitado tanto para a Santa Casa de Formiga, tanto para a prefeitura de Divinópolis, atuais responsáveis pela gestão do local. 

Outro ponto citado pelo diretor foi a falta de pagamento aos médicos. No documento, o diretor ainda pediu o apoio dos administradores da UPA e uma solução para que a população não seja lesada com a possível interrupção nos atendimentos.   

 

 

 

 

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