Mais três depõem à CPI dos Áudios

 

Pollyanna Martins 

Mais três pessoas prestaram depoimento ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os áudios disponibilizados aos vereadores por Marcelo Máximo de Morais (Marreco) e que envolvem o prefeito Galileu Machado (MDB). O primeiro a ser ouvido pela comissão foi o procurador-geral do Município, Wendel Oliveira.

De acordo com o presidente da CPI, Ademir Silva (PSD), o procurador deu explicações sobre a falta de sua assinatura no decreto da nomeação de Marcelo Marreco, apresentada pelo denunciante no mesmo dia em que entregou as gravações.

Segundo Ademir, Wendel afirmou que o documento apresentado pelo ex-aliado de Galileu se tratava na verdade de uma minuta de decreto e que não tinha qualquer validade, pois o nome de Marcelo estava errado. Conforme informou o presidente da comissão, o procurador-geral disse que não assinou, pois o documento não chegou às suas mãos.

— Segundo o Dr. Wendel, ele assina todos os decretos que são enviados a ele, e que até hoje ele já assinou todos os decretos que foram enviados para ele. Aquele decreto [da nomeação de Marcelo] não chegou para ele assinar – afirma.

O procurador federal Lauro Coelho seria o segundo a prestar depoimento, mas não compareceu. De acordo com Ademir, o procurador enviou um ofício justificando a sua ausência e solicitou que fosse ouvido em seu gabinete. O presidente da comissão reforçou que a Lei 75/1993 dá esta prerrogativa ao procurador. Segundo Ademir, os membros da comissão irão se reunir amanhã, 11, para agendar a oitiva do procurador federal.

O ambientalista Jairo Gomes também prestou depoimento à comissão. Jairo foi convocado após ser citado durante a oitiva de Marcelo Máximo. Em seu depoimento, Marcelo afirmou que o ambientalista havia testemunhado todas as ligações recebidas por Marreco do prefeito e também do editor do Divinews, Geraldo Passos. Segundo Ademir, Jairo desmentiu a informação e disse que estava presente apenas em uma das ligações recebidas por Marreco.

— Segundo o Jairo, ele estava presente apenas quando o Geraldo [Passos] ligou para o Marcelo. Ele confirmou ainda ser a pessoa que aparece no final de uma das gravações dizendo para o Marcelo não desistir de usar a Tribuna [Livre] e fazer a denúncia – conta.

O vereador Delano Santiago (MDB) também prestou depoimento à CPI. A oitiva do parlamentar durou pouco mais de 15 minutos. De acordo com o presidente da comissão, Delano esclareceu sobre o seu pronunciamento do dia 26 de abril, logo após Marcelo Máximo ter usado a Tribuna Livre e denunciado os áudios, e também sobre a visita do ex-aliado de Galileu a seu consultório no dia anterior à denúncia.

 Próximos passos 

Após a votação da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Câmara entrará em recesso e só voltará no dia 2 de agosto. Segundo Ademir, por causa do recesso, os trabalhos da comissão serão interrompidos e novos depoimentos serão agendados somente em agosto.

— Ainda tem muita gente para ser ouvida – finaliza.

 

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