Ler é preciso

Não sabem, só pode. Com certeza, ninguém chegou para alguns vereadores de Divinópolis e contou o tanto que eles gritam. Falta de costume não pode ser. Uns estão lá por dois, três e até quatro mandatos. Outros são comunicadores e alguns participam de eventos. Mas, só uma coisa eles têm em comum: falas desconexas e assuntos chatos e repetitivos. Ah, lembrando a eles que ler também é de fundamental importância. Fala melhor e fica informado de assuntos que, com certeza, interessam mais à população de forma geral. Se não gostar ou puder, pelo menos peça aos assessores para fazê-lo. A desinformação é gigantesca. #Fica a dica.

 Sucessão de asneiras

 Outro que, se sabe, finge não saber, ou não se importa, é o governo federal. Uma bobagem atrás da outras. Depois do escândalo nacional que causou a primeira crise, Carlos Bolsonaro (PSC), que estava quietinho na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, deve voltar aos holofotes nos próximos dias. O pai e presidente, Jair Bolsonaro (PSL), se comprometeu com os líderes dos partidos que podem votar a favor da reforma da Previdência a fazer uma defesa mais enfática do tema em suas redes sociais, inclusive utilizando a ajuda do filho. A pergunta é: para ajudar ou atrapalhar? Afinal, muita gente ainda não engoliu a demissão do ministro da Secretaria-Geral da República.

 Tem que jogar junto

 E não é que ele nem esperou o pai chamar? Nesta terça-feira, Carlos criticou no Twitter o silêncio de "deputados eleitos por Bolsonaro" e fez um apelo para que eles defendam o texto da PEC da Previdência. O vereador disse ainda que o projeto do governo federal não é "tão popular", mas "necessário" e que "um time tem que jogar junto". "Sabemos que alguns fazem defesa do projeto, mas qualquer um vê que a esmagadora maioria nem toca no assunto”, afirmou no Twitter. Lá vem mais confusão!

 Atitudes imbecis

 A jornalista Marli Gonçalves, que assina coluna no Agora, escreveu sobre a mancada do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez: Escravos de Jó jogavam caxangá, tira, põe, não deixa ficar! A última do ministro colombiano é de deixar de cabelo em pé. Uma sucessão de barbaridades: ele quer e mandou o MEC emitir comunicado para que as crianças se perfilem para cantar o hino, sejam fotografadas e filmadas, sabe-se Deus para quê – o que vão fazer de propaganda com isso. Concordo plenamente. Uma mancada atrás da outra. O que eles precisam, na verdade, é achar algo interessante e criativo para fazer, só assim param com tantas atitudes imbecis.

 Laranja nunca mais

 É assim que políticos da oposição estão se referindo ao presidente Bolsonaro depois das denúncias divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. A hashtag #PresidenteLaranjaNuncaMais foi o assunto mais comentado do Twitter ontem.  Mas também pudera. A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as denúncias sobre suposto esquema de candidatos laranjas do PSL ligados ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que, diga-se de passagem, é mineiro. Vergonha! Já não basta Fernando Pimentel e Aécio Neves, o tucano citado em outra denúncia ontem.

 Presidente pediu

 O caso já era investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais e agora passará a ser alvo também da PF. Há cerca de 15 dias, o próprio presidente havia solicitado ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que acionasse a PF para apurar as denúncias reveladas pelo jornal. Deputado federal mais votado em Minas, o ministro teria relação com quatro candidaturas laranjas que foram abastecidas com dinheiro do fundo eleitoral destinado ao PSL. Se abasteceu em nível nacional, representantes nos estado iam perder esta boquinha?  Vai esperando.

 Pessoas próximas

Como presidente estadual do partido, o ministro era responsável por decidir sobre o lançamento das candidaturas e, também, pelo repasse de valores do fundo. Do total destinado pelo fundo a candidatos do PSL em Minas, cerca de R$ 85 mil foram destinados a empresas de assessores e pessoas próximas ao ministro do Turismo. É a velha política que, por pouco, convenceu boa parte da população que a nova chegou para fazer a diferença.  Ainda bem que nunca acreditei em Papai Noel.

 

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