Hortigranjeiro tem aumento

Jorge Guimarães

O setor de hortigranjeiros, que inclui hortaliças, frutas e ovos, apresentou aumento de 8,6% no preço médio entre novembro e outubro, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. A alta foi puxada principalmente pelo grupo de hortaliças, legumes e verduras, cuja variação no preço foi de 18,9%. O fator que mais contribuiu para o cenário foi a antecipação das chuvas, o que afetou a produção das hortaliças mais sensíveis, levando à redução da oferta. Ainda assim, é possível encontrar preços favoráveis ao consumidor, com destaque para os da cenoura, mandioca, banana-prata, limão taiti, manga e ovos, por exemplo.

De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a expectativa era que novembro apresentasse preços menores, considerando o histórico de comercialização.     — Entretanto, com a antecipação das chuvas, isso não se confirmou. Além disso, vários produtos estavam com preços muito baixos em outubro, o que contribuiu para elevar o percentual de alta em novembro — explica Ricardo, que ainda disse que o período chuvoso acabou afetando a qualidade de alguns produtos.

Hortaliças

No grupo das hortaliças, os principais aumentos de preços foram da cebola 57,6%; repolho, 38,2%; inhame, 35,2%; batata, 26,5%; moranga híbrida, 17,1% e tomate longa vida, 11,8%.

Vale destacar que o preço da batata foi impactado sobretudo pela dificuldade de muitos produtores em colher o produto em período chuvoso, e não pela queda na produção. Já a situação do tomate ainda é reflexo dos preços baixos entre junho e setembro, que desestimularam novos plantios, reduzindo a oferta no mercado.

Entre as quedas de preços, os destaques foram o pepino, -27,6%; chuchu, -9%; milho verde, -4,8%; batata-doce, -3,9% e alho brasileiro, -3,2%. São produtos não tão sensíveis às chuvas ou cujas áreas de cultivo foram menos afetadas pelo clima adverso.

Frutas

O grupo das frutas apresentou alta no preço médio de 2,6%, influenciada por produtos em entressafra ou mais sujeitos a problemas climáticos. Os principais exemplos foram do abacate, 27,4%; goiaba, 7%; melancia, 23,1%; morango, 20,3%; uva niágara, 9,3% e maçã brasileira, 1,7%. Por outro lado, há várias frutas que apresentaram quedas de preço, com destaque para o limão taiti, - 33,5%; manga, -10,5%; banana-nanica, - 8,8%; mamão formosa,        -6,5%; abacaxi, -5,1% e laranja-pera, -2%.

Ovos

O grupo dos ovos ficou 0,8% mais caro, mas continua com valores bem favoráveis ao consumidor.

Preços

Ontem, em uma loja de supermercados da cidade, a cebola branca estava sendo comercializada a R$ 2,49, a batata a R$ 2,29 e cenoura vermelha a R$ 1,99. Já o pimentão verde saia por R$ 5,69 e o tomate, longa vida, a R$ 5,59. A banana prata estava sendo vendida a R$ 1,89.

— Só compro depois de fazer pesquisa e procuro as promoções para ver se o dinheiro sobra. Procuro também só levar as frutas e hortaliças de época, saem mais baratas — avalia a dona de casa Elizabeth Pena.

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