Hora de recordar

Hora de recordar 

A polarização política cresceu em 2021 e não é preciso ir muito longe para se constatar isso. Batalhas travadas nas três esferas da federação foram expostas em postagens nas mídias sociais, sempre enaltecendo um e acusando o outro. Definitivamente o ano dos vídeos, em que se mostrou da euforia da primeira dose da vacina, a incerteza com as novas variantes da covid-19 e da H1N1. Divinópolis, como o restante do país, passou por momentos dramáticos, mas seu povo, lutador que é, nunca perdeu a esperança. Sentimento que cresceu a partir do segundo semestre, quando o avanço da vacinação derrubou os índices altos de mortes e casos confirmados de covid. O ano chega ao fim deixando para trás tudo vivido e com os olhos voltados para 2022. Para reviver momentos marcantes em 2021, para que sirva não apenas de recordação, mas de aprendizado, o Agora preparou uma retrospectiva nesta edição. Vem com a gente mergulhar nesses fatos de um ano que, sem dúvida, marcará a vida de muita gente.

Política 

O ano começou, já no dia 1º de janeiro, com a posse de Gleidson Azevedo (PSC) e Eduardo Print Júnior (PSDB) como prefeito e presidente da Câmara, respectivamente. Logo no segundo mês, houve a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a UPA. Teve também comércio fechado devido à onda roxa, em consequência da covid-19. Denúncia da Comissão Municipal de Saúde no Ministério Público (MP) contra a Prefeitura também movimentou a cena política na cidade. O não do prefeito à recomposição salarial de 5,2% aos servidores municipais, prevista em lei. Sua discussão no meio da rua com um agente de trânsito. A polêmica entre a Lohanna França (CDN) que apresentou uma representação contra Eduardo Azevedo (PSC) e o vereador Diego Espino (PSL) caindo duro na Tribuna Livre. E tem muito mais. Está tudo na retrospectiva.

Saúde 

Não tem como falar de fatos em 2021 sem destacar a covid-19. Em 27 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) aplicou a primeira dose na cidade, em cerimônia no Centro Administrativo. A escolhida foi Fernanda Candida da Costa, técnica em enfermagem, de 34 anos, que atuava na UTI e enfermaria do Hospital de Campanha contra a covid-19 em Divinópolis, desde o início de suas atividades. Estava dada a largada contra o vírus. Mas o sofrimento estava longe de acabar. Só em janeiro foram registradas 27 mortes, o mês mais letal até então. De fevereiro a abril os números também foram assustadores. Mas à medida que a imunização aumentava, os casos diminuíam. Mais de 400 mil doses foram aplicadas e os divinopolitanos terminam o ano mais aliviados em relação à doença. Um alívio. Mas já tem outro vírus na área e promete dar trabalho em 2022, um variante da gripe. Infelizmente. 

Polícia 

 

Finalmente, familiares e amigos do empresário Dinho Mourão e muita gente na cidade, que esperavam por justiça, viram o assassinato ter um desfecho. Isso após 11 anos.  Seu filho, Breno Mourão, foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão. O julgamento foi realizado no dia 21 de outubro e, com o salão do júri lotado, a sentença foi lida. Os divinopolitanos também ficaram chocados com o duplo homicídio na porta de um supermercado, sem nenhum temor por parte dos bandidos, já que a rua estava cheia de gente. Uma bala perdida atingiu uma moça que passava pelo local. A notícia boa é que a Polícia Militar (PM) brilhou ao tirar de circulação 350 quilos de entorpecentes, entre maconha, cocaína e crack. Na maior apreensão do ano, um criminoso considerado de alta periculosidade foi preso. Foi um ano também de graves acidentes que tiraram muitas vidas, muitos por imprudência e irresponsabilidade. Que, em 2022, esses comportamentos mudem e os registros nas páginas policiais sejam bem mais leves. 

Cultura 

Para finalizar, uma área muito afetada pela pandemia. Teve o primeiro semestre de 2021 praticamente comprometido. Alguns produtores, artistas e músicos se viraram como puderam, pelas redes sociais e eventos particulares. Mas, com o avanço da vacinação, julho já dava sinais de melhora e de uma possível volta. E foi o que aconteceu gradativamente, inclusive nas praças. No entanto, foi em novembro que veio a tão esperada notícia: a reabertura do Teatro Gravatá. Especificamente no dia 19, as cortinas se abriram trazendo o brilho apagado por um ano e oito meses. Foram encontros, palestras e os espetáculos de dança e peças teatrais.  E assim o ano termina, na esperança que as luzes não se apaguem tão cedo e 2022 seja iluminado para todos! São os desejos de toda a equipe do Agora

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