Homem é preso por posse ilegal de arma em Nova Serrana

 

Gisele Souto 

A Polícia Militar (PM) prendeu uma quadrilha especializada em ataques a caixas eletrônicos na tarde desta terça-feira, 17, no distrito de Santo Hilário, em Pimenta. Os militares chegaram até eles durante averiguação de uma denúncia sobre presença de caçadores em uma residência onde estavam oito pessoas. Todas foram detidas, dentre elas uma mulher.

No local foram apreendidos dois revólveres calilbre .38, uma submetralhadora e até um rifle. Além de bananas de dinamite, cocaína prensada e moletons cheios de pólvoras.

O grupo confessou um ataque a caixas eletrônicos em Pains. No dia 7 de abril, outra quadrilha foi presa também pela PM em São Sebastião do Oeste, suspeita dos mesmos crimes. O grupo tinha explodido três agências em Piumhi.

Na ocorrência de ontem, foi acionado também o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

O local 

As informações que chegaram à PM davam conta de que homens armados estavam em uma casa na comunidade de Santo Hilário e comparsas, sendo uma mulher e dois homens, estariam em outra no bairro Santa Rita, em Pimenta, transportando armas e explosivos em uma caminhonete Fiat/Strada e em um GM/Corsa sedã.

Com as informações e os dados levantados anteriormente, de que suspeitos com envolvimento em explosões a caixas eletrônicos teriam um ponto de apoio na zona rural de Pimenta, foi montada uma operação com emprego de militares de Formiga, Córrego Fundo e Piumhi, que abordaram os suspeitos em Pimenta.

A abordagem 

Iniciada a ação para capturar os três suspeitos, Wesley Clayton de Oliveira, de 35 anos, saiu correndo, pulando vários muros e telhados das de casas próximas, mas não conseguiu fugir. Além dele, foi o preso no local, o casal Willian Douglas Gomes Vicente e Grasieli Barbosa Pereira, ambos com 25 anos.

Já na comunidade de Santo Hilário, militares cercaram o local e depararam com cinco suspeitos, sendo Jean Daniel Resende Pessoa, de 27 anos; Rubens Libório de Souza, 22; Alexsanderson Souza Freiras, 22; Flávio Julião de Araújo, 47; e Nicolas Moises da Silva, de 32 anos. Eles estavam no quintal. Um deles portando uma submetralhadora e outro, um revólver calibre .38.

Neste momento, segundo a PM, os suspeitos não se entregaram, apontando as armas para o militares, que fizeram alguns disparos. Os suspeitos se renderam entregando uma submetralhadora Bereta calibre .40 e  dois revólveres calibre .38, que estavam carregados.

Material 

Durante buscas no local, foram encontrados vários explosivos e materiais usados para explodir caixas eletrônicos, além de munições de calibre .38 e .40.

Ouvidos, os suspeitos confirmaram que há poucas semanas explodiram a agência do Banco do Brasil em Pains. Os veículos utilizados foram localizados e removidos ao pátio credenciado.

Acampamento

 Ainda durante a operação, a PM recebeu mais informações de que o grupo  tinha montado um acampamento  em um local denominado “buracão”. Lá estavam uma alavanca e uma marreta usadas na explosão do Banco do Brasil em Pains.

Em outro local, no meio de um matagal, foi encontrada uma barra de explosivo em tamanho considerável. Material periciado pela Polícia Civil e detonado pelos militares do Bope de Belo Horizonte.

Flavio Julião Araújo e Wesley Clayton de Oliveira estão com mandado de prisão em aberto.

Fuzil

 Após ser detido, Wesley Clayton levou os militares a um sítio utilizado por eles, local submetido a buscas poucos dias atrás, onde foi encontrado enterrado dentro de um tambor um fuzil de calibre 762 modificado para aumentar sua portabilidade, duas barras de maconha pesando cerca de 994 gramas e dois embrulhos com pasta base de cocaína pesando em torno de 798 gramas.

Todos os suspeitos passaram por exames médicos e foram encaminhados à Polícia Civil. Todos podem responder por uma série de crimes, como associação criminosa, tráfico de drogas, porte de arma de fogo de uso restrito, porte de arma de fogo de uso permitido, posse de arma de fogo de uso restrito, posse de explosivos sem a devida autorização, dentre outros.

 

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