História de Cláudio é contada em verso e prosa

“Cidade Carinho” completou 110 anos de emancipação político-administrativa

Da Redação

A vizinha cidade de Cláudio, reconhecida como o maior polo de fundições e metalúrgicas da América Latina, completou, no último dia 30 de agosto, 110 anos de emancipação político-administrativa. E nada melhor para um cidadão da terra, o claudiense Elmo Fernandes, do que ter seu nome ligado à história da cidade que o viu nascer. Em conversa com a reportagem, Elmo relata como foi o privilégio de contar em verso e prosa a história da “Cidade Carinho”

Hino

O hino oficial da cidade de Cláudio, “Cidade Carinho”, nasceu de um concurso aberto em 2004

— Fui convidado a participar do concurso pela minha conterrânea Noeme Vieira, e não titubeei em aceitar o convite. Não tive também nenhuma dúvida de que o meu parceiro, 30 anos depois do nosso último contato, seria o saudoso Jair Geraldo Nogueira, o “Culatinha”, com quem havia trabalhado em uma fundição de ferro gusa, e, junto a um outro amigo, a quem eu prestava serviços de ajudante, Pedro Laje, me aconselhavam muito a estudar porque insistentemente eu lhes dizia que um dia queria ser alguém na vida — conta o professor e empresário Elmo Fernandes.

Da amizade, a composição do hino de palavras que se encaixavam bem a melodia.

— Convite aceito, ele compôs a música; eu, a letra. Lembro-me bem de que as ideias vinham, as palavras brotavam e encaixavam sem resistência à melodia, numa harmonia misteriosa. Vencemos o certame da escolha do hino oficial da cidade de Cláudio. No repertório, procurei enaltecer a “Cidade Carinho” e a sua gente que, “com fé traz radiante no peito a Graça Suprema de ser claudiense”.  Gente que brinca com os apelidos, que trabalha, gente que constrói “chaminés que de longe se avistam e mostram ao andejo: eis nosso progresso” — detalha o professor.

Letra do hino

O hino à cidade de Cláudio tem letra de Elmo de Azevedo Fernandes e música de Jair Geraldo Nogueira.

 

              Salve, Cláudio, Cidade Carinho!

 

              Salve, salve, ó preciosa mãe-terra!

 

              Exaltemos estrela altaneira;

 

              Tu fulges tão linda no oeste mineiro!

 

              Cidade bendita, fascínio

 

              De tardes fagueiras, de noites que brilham!

 

              Chaminés, que de longe se avistam,

 

              Avisam ao andejo: eis nosso progresso!

 

              No teu berço de heróis ancestrais

 

              Pioneiros ousados, sesmeiros sonharam.

 

              E nos sonhos, Paragem de Cláudio,

 

              Entre os montes, outeiros, nascias triunfal!

 

              Teu povo vibrante e ordeiro,

 

              Que brinda de alcunha a gente irmã,

 

     BIS   Com fé traz radiante no peito

 

             A graça suprema de ser claudiense!

 

             Ali onde o trem apitava

 

              Abrigas solene a memória dos filhos

 

              Que um dia partiram em glória,

 

              Neste chão sagrado fizeram história!

 

              Tu és nosso orgulho, Senhora

 

              De rara grandeza destino fiel!

 

     BIS   E o Senhor, lá do alto, contempla

 

              Tua casa, teus dias, ó terra gentil!

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