Guarani rescinde contratos com atletas e toda a comissão técnica

Eleições no Bugre estão marcadas para a segunda quinzena de agosto; mandato da atual diretoria vai até 28 do mesmo mês

José Carlos de Oliveira

As eleições no Guarani estão agendadas para o próximo mês e o novo presidente assume com um compromisso bem complicado. Terá que refazer o elenco para a disputa do Módulo II Campeonato Mineiro. Em comunicado à imprensa, ontem, o atual presidente do Bugre, Vinícius Morais, anunciou a rescisão de contratos com todos os atletas e membros da atual comissão técnica, que era comandada por Wantuil Rodrigues. A medida se fez necessária, segundo ele, face à incerteza do futuro, de quando acontecerá o complemento do estadual de 2020.

O comunicado

A decisão de rescindir todos os contratos foi definida nesta semana para diminuir as despesas e facilitar o trabalho da nova diretoria, que será eleita na segunda quinzena de agosto. O Bugre, que havia optado por manter o elenco formado no início da temporada, além de toda a comissão técnica, decidiu agora por encerrar todos os vínculos com os profissionais do futebol. A definição também ocorreu após avaliação do cenário do estadual, que dá mostras de que os jogos do Módulo II não devem voltar dentro do mandato da atual diretoria.

Sendo assim, Vinicius Morais decidiu por fazer acordos com os profissionais contratados para a temporada, não passando a decisão para a futura diretoria, o que facilita a vida dos jogadores, que podem continuar suas carreiras sem ter que esperar pela definição da volta do Módulo II. 

Alguns atletas até já foram sondados por clubes que disputam competições já retomadas, e como o Guarani não oferecerá uma competição para as próximas semanas e mesmo mês, a melhor opção na visão da diretoria foi pelo encerramento de todos os contratos.

De acordo com o presidente, a deliberação já foi passada para o único candidato, até o momento, à diretoria do clube, Nivaldo Batista, o Araújo.

— Tomamos a decisão de encerrar os vínculos entendendo que a competição não deve voltar dentro do mandato vigente, e assim a nova diretoria não assumirá a sua gestão tendo responsabilidades com os profissionais atuais — comentou o presidente.

Mesmo com o acordo já definido, a maior parte do grupo de jogadores se colocou à disposição da nova diretoria, retornando ao clube quando toda a situação do Módulo II estiver definida.

— Vivemos um momento de incertezas, e entendo ser esta decisão a melhor para o Guarani. Lembro-me de que quando chegamos ao clube, e entramos em uma transição e término de competição, onde foi muito confuso e custoso para nossa parte em ter que assumir responsabilidades com atletas os quais não havíamos contratado. Assim, optamos agora por fazer diferente — declara Vinicius.

Eleições e despedida

Adiadas por causa da pandemia da covid-19, as eleições no Guarani, para o biênio de 2021/22 foram definidas para agosto. O mandato da atual diretoria vai até o dia 20 do mesmo mês. A princípio, a votação que apontará o novo presidente está marcada para a segunda quinzena, provavelmente em 17 de agosto.

Chapa única

Até o momento, apenas uma chapa está inscrita para a eleição, tendo à frente Nivaldo Batista, o Araújo, que durante anos defendeu a camisa do alvirrubro como jogador, e nas últimas gestões do Bugre viveu o dia a dia do clube de Porto Velho como membro de seu conselho deliberativo.

A chapa – "Por um Guarani moderno e vencedor” – que vai concorrer às eleições tem os seguintes nomes: 

presidente: Nivaldo Batista Silva; 

vice-presidente: Bruno Silva Quirino;

diretor de futebol:  Carlos Alberto Muniz Júnior; 

diretor de marketing: Maurício Mendonça; 

diretor das categorias de base: Gilberto Lázaro Souto;

diretor de patrimônio: Marcelino Gonçalves Ferreira.

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