Gente que faz!

Adriana Ferreira 

A postura do deputado federal Domingos Sávio (PSDB) durante esta pandemia demonstra claramente seu compromisso. Mesmo sendo do grupo de risco (não parece, mas já está na casa dos 60), tem trabalhado diuturnamente seja buscando recursos na área da Saúde, principalmente para o enfrentamento da covid-19 na área cultural, por exemplo,  com a defesa do auxílio emergencial para, como ele mesmo diz, “os atores da cultura”. Além disso, conseguiu recursos para melhorias do Aeroporto Brigadeiro Cabral e tem buscado criar novas medidas e fomentar a indústria de gás natural, a retomada do PAC Saneamento em Divinópolis e vários outros projetos de interesse local, regional, estadual e nacional.  Não se trata de propaganda política, e sim de mostrar que Domingos Sávio realmente produz, que “pega o boi pelo chifre” e resolve, mesmo em situações adversas, como pode ser verificado agora e em situações anteriores. Embora ele e eu não deixemos de dar  umas boas brigas de vez em quando, afinal, são quase 40 anos de amizade, ou seja, anterior à sua vida política, não posso deixar de reconhecer no deputado um político realmente comprometido com seu mandato. Que sirva de exemplo!

Três irmãs, uma menina e um hospital

Nesse aniversário de 52 anos do Complexo de Saúde São João de Deus, não poderia deixar de contar a história de três irmãs e o hospital. As irmãs são Maria Célia Ferreira Brandão, Marlene Joana Ferreira Silva e Lúcia Ferreira, todas alunas das primeiras turmas da  Escola Técnica de Enfermagem do Hospital São João de Deus. Nascidas em São José dos Rosas, no município de Santo Antônio do Monte, vieram para Divinópolis ainda meninas e tinham um sonho: ser enfermeira. Daí surgiu a Escola de Enfermagem,  que formava auxiliares. Entraram em épocas distintas e, uma vez formadas, o São João de Deus foi o destino. Além delas, uma outra menina, Maria Esmelinda de Moura, também entrelaçou sua vida com o hospital.

Célia 

Formou em 1972 e trabalhou no hospital até 1975, quando foi para Clínica São João de Deus, em Santa Teresa, Rio de Janeiro/RJ. Era comum estudarem aqui e irem depois para o Rio de Janeiro para trabalhar em outro hospital da Ordem Hospitaleira de São João de Deus.  Lá fez dois cursos técnicos, enfermagem e contabilidade, tendo prestado concurso público e foi trabalhar na Universidade Federal do Rio de Janeiro, atuando como técnica em enfermagem lotada no Hospital Universitário Clementino Fraga  Filho, exercendo a função de instrumentadora de cirurgia cardíaca,  ficando até aposentar-se em 1998. No Rio, conheceu seu marido, Carlos Brandão, agente de trânsito do Detran/RJ e tiveram o filho Thiago Ferreira Brandão, jornalista e inspetor da Polícia Civil daquele estado. 

Lúcia 

Após concluir o curso de auxiliar de enfermagem na escola do hospital, trabalhou na Pediatria e, com a instalação do curso de técnico em enfermagem, fez o curso, continuou no hospital, chegando a chefe do setor. Enquanto trabalhava no hospital, fez direito, estudos sociais e prestou concurso público federal, tendo sido aprovada e “emprestada” para o Município  e trabalhava na Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (Semusa)  quando, aos 39 anos, perdeu a batalha para o câncer. 

Marlene

Formou-se pela Escola de Enfermagem em 1974 e já entrou para o hospital, completa neste ano 46 anos de casa. Nesse período, fez curso técnico de enfermagem na escola do hospital e estudos sociais no antigo Inesp, se casou com o empresário e advogado Valdir Silva, e teve dois filhos, Igor Ferreira Silva, segurança na empresa de transporte de valores Rodoban, e Matheus Ferreira Silva, que chegou a trabalhar no faturamento do hospital, estando atualmente no Hospital São Judas Tadeu. Os filhos lhe deram os netos Victória e Bernardo. No hospital, chegou a ser coordenadora do Setor 2 e atualmente  está lotada  no Centro Cirúrgico, no pós-operatório. Embora aposentada pela Previdência Social há 21 anos,  não consegue se imaginar longe do hospital, seu primeiro e único emprego. Nas palavras de Marlene, o “HSJD representa minha tranquilidade e evolução profissional, uma vez que este foi meu único emprego”, “O HSJD sempre foi preocupado em evoluir técnico e cientificamente para servir humanamente todos que precisam de seus serviços", “Eu e o HSJD seremos sempre grandes parceiros. Só quero o progresso junto com competência e humanidade”.

Esmelinda

Entrou para o hospital em 1990, exercendo o cargo de auxiliar de escritório e atualmente é a contadora do hospital. Em 30 anos, fez contabilidade na Faced, casou-se com o contador Élcio Silva, teve dois filhos, Ana Luiza e Bernardo. Em suas palavras: “Tenho muito orgulho em dizer que trabalho no São João de Deus, pois é referência para todos. Mesmo aqueles que têm lembranças tristes de lá, em algum momento têm também lembranças boas.”

Asas

O Hospital São João de Deus, hoje Complexo de Saúde São João de Deus,  através de sua Escola de Enfermagem e também do próprio hospital, deu a essas quatro meninas   as asas necessárias para que voassem e fossem tão longe quanto quisessem ir, o que muitas vezes pode ser permanecer no lugar e ali fazer a diferença.  Mais do que serviços médicos de qualidade, o hospital também é um realizador de sonhos. Esta coluna parabeniza a todos que ajudaram a escrever a sua história, em especial às meninas sonhadoras e também à sua superintendente, Elis Regina  Guimarães.  “Os sonhos mais lindos, sonhei. De quimeras mil, um castelo ergui.

Errata:Errata: na coluna passada erramos os números: Brasil 211.493.434  habitantes, Divinopolis 239.439 habitantes. Com uma pequena diferença, mas não tira de Divinópolis o título de  cidade-retrato do Brasil.

Comentários