Gasolina e diesel vão ficar mais caros

Jorge Guimarães

Após quase dois meses, exatos 53 dias, a Petrobras anunciou um aumento médio de 2,7% no preço da gasolina, nas refinarias, em vigor desde a última terça-feira, 19. Não bastasse esta elevação, a estatal aproveitou o embalo e reajustou também o diesel em 1,2%. O acréscimo deve-se à nova política adotada desde 2016, quando a empresa passou a acompanhar as cotações internacionais. Com a disparada do dólar, cotado na manhã de ontem a R$ 4,19, a medida já era esperada pelo mercado. Pelo menos, o repasse nas bombas para o consumidor final depende da política de cada empresa.

Preços

Com a alta da gasolina, o etanol, que já era o favorito entre os usuários há mais de quatro meses, ganha mais fôlego para continuar a ser o mais vendido em Minas Gerais, pelo menos enquanto o preço pesar menos no bolso, conforme os consumidores.

Em Divinópolis, de acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), na última semana, em dez pontos de vendas, o etanol continuava levando vantagem em relação ao preço da gasolina. O custo médio da gasolina ficou em R$ 4,74, o mais baixo em R$ 4,61 e o maior em R$ 4,89. O valor médio do etanol foi de R$ 3,06, o menor R$ 2,89 e o maior, R$ 3,19. Já o diesel teve seu preço médio calculado em R$ 3,69, o de menor valor R$ 3,65 e o mais alto em R$ 3, 72.   

Mercado

Em comparação aos grandes centros, como Belo Horizonte, Contagem e Betim – que têm praticamente a Refinaria Gabriel Passos dividindo os municípios – o preço médio em Divinópolis é 4% mais caro em relação às três cidades. Contagem é quem tem o maior preço médio, de R$ 4,58.

Impacto

Especialistas explicam que o aumento dos combustíveis vai além da bomba, impactando diretamente em outros setores como o da alimentação, transportes urbanos e energia, além dos caminhoneiros, que sempre estão em pé de guerra com o governo por causa dos valores dos fretes.     

— Vamos aguardar as próximas remessas de combustíveis para saber quais serão as medidas a serem tomadas quanto ao repasse ao consumidor final — avalia o frentista Pedro Araujo.

 

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