Galileu tem chance

 Não é de todo absurdo o desejo do atual prefeito Galileu Machado (MDB) de pretender se reeleger em 2020. É claro que cada eleição tem sua história, mas, se observamos as últimas votações dos pré-candidatos postos para a disputa, apenas Marquinho Clementino (34.239 votos), ex-deputado federal Jaiminho Martins (31.678 votos) e vereador Sargento Elton (25.006 votos) obtiveram, em eleições anteriores, uma votação comparável à que supostamente Galileu tem fidelizada: cerca de 30 mil votos. Aquela votação de 58.444 votos, obtida em 2018 pelo alcaide, se justifica por vários fenômenos que não cabe aqui explicar. Mas vejamos as votações dos pré-candidatos a prefeito em 2020 mais citados: Marquinho Clementino (Pros): 34.239 votos, Jaiminho Martins: 31.678 votos, Sargento Elton (Patriota): 25.006 votos, Fabiano Tolentino (PPS): 18.284 votos.

 Tese

 Sem considerar o deputado Cleitinho Azevedo (PPS), que tem um mandato de deputado estadual a ser cumprido, tornando-se, por isso, uma incógnita na disputa da prefeitura de Divinópolis em 2020, fala-se em oito candidatos. Ora, levando em conta que na cidade há um histórico de comparecimento às urnas em torno de 85% do eleitorado e uma alta taxa de votos brancos, nulos e abstenção, Galileu Machado estará, sim, no páreo para a disputa de 2020, uma vez que os votos seguramente serão pulverizados entre os demais candidatos. Tenha-se por parâmetro também que, em 2012, enfrentando Vladimir Azevedo (PSDB), Beto Cury (PT), Heloísa Cerri (PV) e Jorge Torquato (PSOL), Galileu obteve 35.209 votos.  Portanto, na disputa, com certeza, para alegria de alguns e tristeza de outros!

 Marias, as empoderadas!

 Com todas as dificuldades que o governo Galileu Machado (MDB) herdou e criou, há de ser reconhecido que ele se engajou na valorização da capacidade feminina. Em seu governo, vê-se um significativo número de mulheres em cargo de comando na Prefeitura. São mulheres empoderadas que, de fato, detêm autoridade para decidir as ações de suas secretarias e diretorias. Na última reunião ordinária da Câmara, um vereador desafeto do prefeito, ao tentar criticá-lo, acabou chamando a atenção para um fato positivo da Administração, que conferiu à mulher a competência que ela tem e a distinguiu com cargos antes preenchidos só por homens. Evidente o empoderamento feminino e evidente que a gestão atual se deu conta disso.

 Edil quer pôr para fora as “quatro Marias”

 O mencionado edil, no início do seu discurso, disse que é preciso dar nome às pessoas quando denunciadas. Mas, quando citou que quem manda no governo Galileu Machado são “quatro Marias”, não citou quais são estas mulheres. E chamo a atenção dos movimentos femininos para a intenção do tal vereador: ele quer a saída das “quatro Marias”! Para esse vereador, “o governo Galileu acabou porque as “quatro Marias” é que mandam no governo”. E disse que “todo mundo sabe quem são essas quatro Marias”. De acordo com o parlamentar, “o Galileu não manda nada, o prefeito é estas quatro senhoras”... E pede a demissão delas.

Vai além “...enquanto estas quatro Marias não forem colocadas para fora, vai ficar esta sanfona veia”. Mas o edil (optei por não citar seu nome porque ele não citou o nome “das Marias”) está enganado: as “quatro Marias” e outras tantas Marias na Administração Galileu Machado não são culpadas pela crise que hoje se abate sobre a Prefeitura.

Sugiro ao vereador que busque os culpados na própria Câmara, na omissão da Assembleia Legislativa e na Cidade Administrativa de Minas Gerais.

 Projeto de economia em curso

 Foi aprovado na Câmara Municipal, quinta-feira, 21, o Projeto de Resolução 002/2019, de autoria do presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Kaboja, que diminui e reorganiza a outorga de comendas pela Casa Legislativa. O objetivo do projeto de resolução é simples: gerar economia aos cofres públicos e valorizar homenageados.

 

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