Futebol ainda demora a voltar

José Carlos de Oliveira

Uma reunião na próxima quarta-feira, 10 – entre o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, e as autoridades em saúde e do governador Romeu Zema –, discutirá a volta do futebol em Minas Gerais, mas muitos apostam que o retorno dos jogos deve mesmo acontecer somente entre a segunda quinzena deste mês e o início de julho.

Não dá para esperar

Há que se defender a saúde, sim, afinal muitos ainda perderão a vida por causa da covid-19, mas também não dá para virar as costas para o óbvio: se o futebol não voltar o mais rápido possível, muitos clubes abrirão falência. Se para os grandes este tempo parado já causa um estrago enorme nas finanças, imagina então para os pequenos. 

Se protelarem ainda mais a volta dos torneios será o caos. Os cofres dos clubes já estão vazios e muitos não suportam mais dois meses sem que a bola volte a rolar.

Ajuda para os pequenos

Quem está de fora olha somente para a questão da saúde – e tem que ser assim, mesmo porque os cuidados com a população devem ser prioridade –, mas somente isto não é o bastante para o futebol.

Saúde do torcedor, sim, é de suma importância, mas é igualmente vital ter clubes com a saúde financeira também em dia, porque se assim não for serão milhares os desempregados. E isto apenas no futebol.

Neste momento devemos cobrar, sim, justiça por parte dos homens que comandam o futebol brasileiro. Não adianta nada darem ordens sentados em seus gabinetes, sem apontar soluções para os problemas. Os pequenos gritam por socorro e se não forem ouvidos muitos fecharão as portas.

Como 2 e 2 são 4, esta também é uma verdade que não pode ser ignorada pelas autoridades.

 

Novo presidente cumpre mandato tampão até dezembro

Ganhando um respiro

O projeto de reconstrução do Cruzeiro entra agora em nova fase e não abre espaço para novos vacilos. Na segunda-feira, 1°, foram empossados o presidente, Sérgio Santos Rodrigues, e os novos membros da diretoria e do Conselho Deliberativo, com a missão principal de sanar as finanças da Raposa e reconduzir o clube estrelado à elite do futebol brasileiro, lugar de onde nunca poderia ter saído e foi parar pela ação de dirigentes criminosos, que por muito pouco não o levaram à falência total.

Com o pé direito

E o novo presidente começa sua gestão com o pé direito. Ao saldar a dívida da Fifa, referente à compra dos direitos econômicos e federativos de Willian do Bigode, o dirigente estrelado ganhou crédito com a China Azul.

Além de evitar nova punição ao clube, Sérgio Rodrigues ganhou ainda um tempo para respirar, no que se refere a dívidas na Fifa. Mas que não se iluda, os processos são muitos e ele terá muito trabalho para tirar a Raposa do buraco.

Parceiro

No caso do débito pago pelo Cruzeiro na semana passada, tem-se que enaltecer a ajuda do Pedro Lourenço, do Supermercado BH, que foi quem entrou com a grana. Sobre isto, o presidente azul fez questão de ressaltar que esta é apenas uma parceria, com Pedrinho renovando contrato de patrocínio com o Cruzeiro por mais uma temporada, e não uma doação ao clube.

Paz na diretoria

Neste momento de reconstrução, o que a China Azul espera é que se acabem as brigas internas na Raposa e que todos se unam em torno de um único objetivo: tirar o clube do buraco em que foi metido por dirigentes bandidos.

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