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Divinópolis está lembrando estes filmes americanos famosos. Nos três últimos dias, foram registrados três homicídios e duas tentativas. Tal situação coloca a população em total estado de alerta, além de despertar mais uma vez a sensação de insegurança. Até um tempo atrás, o “bang bang” era feito entre criminosos, os alvos eram apenas eles. E, durante este tempo em que apenas bandido matava bandido, as polícias Militar e Civil podiam se gabar que os números não eram alarmantes, pois a cidade não tinha registro de latrocínio – roubo seguido de morte – ou mesmo, de inocentes sendo assassinados por causa do tráfico de drogas.

Um jovem de 28 anos e saiu para trabalhar, deu carona para outro de 21, que tinha passagem por roubo, e infelizmente, o trabalhador não voltará para casa, para a sua família, para os seus amigos. E não! Não foi só o trabalhador que pagou um alto preço. Toda sociedade pagou pela vida tirada do jovem que saiu de manhã para trabalhar. Na verdade, toda dia a sociedade paga pela vida de milhares de jovens. Já há um tempo Divinópolis vive uma onda de assassinatos. A situação é praticamente a mesma. Em cerca de três dias os criminosos fazem “uma limpa” na cidade. As polícias agem, e os homicídios desaparecem. É só a poeira baixar, que eles voltam à ativa.

Enquanto os homicídios estavam entre eles, a população divinopolitana se mantinha em alerta, porém com uma certa tranquilidade. Só que agora, inocentes estão pagando pelo sucateamento do Estado, pelo sucateamento das polícias, pela falta de investimento na segurança, pela corrupção na política, e pela desorganização que é o Estado Brasileiro. Há anos, os divinopolitanos pagam por tudo isso ao ter o seu carro roubado, sua casa invadida e furtada seu celular roubado, entre várias outras situações. Somente este ano já foram registrados 61 homicídios, contra 44 em 2016. Algo definitivamente está errado, e não é de hoje.

A violência vem tomando conta da cidade desde 2012, quando os casos de roubo começaram a subir. A PM e a Civil apertaram o cerco com combate preventivo e ostensivo, mas os criminosos se acostumaram com “frouxidão” das leis. A certeza da impunidade joga pelo ralo o incansável trabalho das polícias e coloca a  população refém dos bandidos. Ela teme pela vida. Divinópolis, infelizmente, aos poucos é tomada pelos acertos de contas, pelos roubos, pelo tráfico, pelos moradores de rua, e por fim, pelos assassinatos. Sem investimento na Segurança Pública a cidade padece em meio à violência, fazendo de sua população refém do medo e daqueles que estão no poder há anos, e parecem estar longe de sair.

 

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