Exatamente igual

Editorial 

Até que os deputados federais resolvam se as eleições municipais serão adiadas ou não, o eleitor é obrigado a continuar assistindo ao teatro que é feito a cada dois anos pelos os postulantes a uma cadeira, em qualquer lugar deste país. Afinal, o circo é armado o tempo todo, mas os espetáculos estapafúrdios são mais apresentados e acessíveis a todos, em anos de disputas eleitorais. É! O “tempo de pobre” chegou e estacionou em todos os canos de Divinópolis. Para quem não está familiarizado com o termo, nós explicamos: é o período em que surgem candidatos até dos bueiros da cidade, para abraçar, beijar o pobre, ir ao bairro dele, pegar o filho do pobre no colo, fingir que se importam com as pessoas menos assistidas, fazer mil promessas, andar até a sola do sapato desgastar, ir a todo tipo de feira, comer aquele pastel que dá aquela azia depois, mas sorrindo, como se estivesse degustando caviar.  Além disso, tem a mudança de comportamento dos pré-candidatos, pois é chegado o momento em que eles assumem um personagem, uma postura que não é habitual, para enganar seus eleitores e conseguir os sonhados votos, para que continuem ou consigam o tão sonhado poder. 

Para que a situação seja um pouco mais clara para o eleitor, é preciso que analisem com calma o comportamento dos vereadores na Câmara, de 2017 para cá, e também de alguns candidatos que foram derrotados nas urnas em 2016, além daqueles que começam a mendigar votos por aí. Tem para todos os gostos. Tem gente começou muito bem a sua trajetória, mas no último ano se perdeu no caminho, em busca do sensacionalismo, de aparecer a qualquer custo. Fez oposição ao prefeito Galileu Machado (MDB), que podemos definir como “burra”, pois não trouxe nenhum benefício para a população e nem para si próprio. Não passou de um papagaio de pirata. Tem o vereador que fez muito barulho durante seu mandato e agora vai fazer ainda mais. Esses se resumem a um ditado antigo que diz: “Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”, porque, no fim das contas, também não trouxeram nada de efetivo para a cidade.

Os que foram derrotados nas últimas eleições são a personificação da “volta dos que não foram”. Estão aí nas redes sociais, fazendo um “barulho” daqui, outro dali, se autointitulando “pais de obras”, de alguns feitos, mas não passam de lunáticos. Jogam pedra na lua na esperança de, enfim, conseguirem uma das 17 cadeiras do Poder Legislativo. E tem ainda aqueles que estão disputando pela primeira vez e estão em busca de um formato que agrade mais o povo, lhes renda alguns votos e, quem sabe, por sorte, uma das  cadeiras. Em meio às cortinas do teatro que começam a ser abertas e ao “tempo de pobre” que se aproxima, está o eleitor, parte principal disso tudo. Que promete todos os anos mudar o Brasil, quebrar o sistema, mas se esquece de que, na verdade, para fazer tudo isso é muito simples: apenas estudar. Basta apenas não acreditar naquele personagem que fala o que ele quer ouvir e procurar entender quais as funções do vereador e do prefeito, por exemplo. 

Tudo está começando exatamente igual, mas, se todos desejam uma mudança – de verdade –, o mínimo que podem fazer é estarem atentos, pois o teatro começou, e o “tempo de pobre” está aí e logo será o de “óleo de peroba” na cara de muita por gente aí. 

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