Empresas pet friendly
Pierro Brustin
Animais de estimação promovem interação da equipe e reduzem tensão do ambiente de trabalho, mas inclusão ainda esbarra em burocracia e preconceito
Tapetes higiênicos e potes com ração e água em pontos estratégicos do escritório. Embaixo da mesa, um cachorro dorme sem se importar com as ligações telefônicas e conversas da equipe. Em uma reunião, um miado acorda quem não estava prestando atenção à conversa. A rotina de uma empresa pet friendly — que permite a entrada de animais de estimação — parece, a princípio, agitada. E geralmente é. Mas também é alegre e graciosa.
Na sede da Royal Canin, em São Paulo, funcionários podem levar seus animais de estimação, mas é preciso respeitar uma agenda para que o escritório não receba muitos pets em um mesmo dia. Uma das preocupações é sobre a convivência entre cães e gatos — que costumam brigar se estiverem em um mesmo ambiente.
Para o bem-estar dos animais, algumas preocupações. As janelas do escritório não podem ser abertas e um comunicado, logo na entrada da empresa, avisa que "eles são bem-vindos" — mas serve também de alerta para que todos tomem cuidado ao abrir as portas e, principalmente, respeitem os bichinhos.
Como a Royal Canin, o Google também tem regras para funcionários que desejam levar o amigo canino ao trabalho: o animal não pode ser grande (o dono tem de poder carregá-lo no colo), os vizinhos de trabalho devem concordar com a presença e ele não pode andar sozinho pelo escritório, tampouco por áreas comuns, como refeitórios, banheiros e cafés.
Ainda que o modelo pet friendly esteja ganhando espaço no país, uma barreira burocrática ainda afasta o Brasil de exemplos internacionais: as normas condominiais.
Como grande parte das empresas possui escritório dentro de prédios comerciais, as regras de cada condomínio devem ser respeitadas, entre elas não entrar e permanecer com animais de estimação nos escritórios. Fonte: Época Negócios.
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Por Piero Brustin
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