E então imortal

E então imortal 

 

Escrever, pesquisar, publicar. Ser lido, criticado, corrigido e comentado. Talvez, para muitos, são essas as metas e consequências de ser escritor. 

Ser escritor vai além, vai além de compartilhar letras emendadas que se tornam palavras, formando frases e dando sentido a uma história, vai além. Arrancar um sorriso, um choro, uma tensão, ou uma simples satisfação de aprendizado, ampliar os horizontes, criar um mundo inexistente e brincar com a imaginação do leitor, levando ele para o céu, o mar, as trevas ou até ao local mais improvável, fazê-lo voar, mergulhar, se jogar, enraivecer, apaixonar e sentir a dor da personagem lida, e tudo isso sem sair do lugar. Tudo isso é a magia de ser escritor.

Com tudo isso, um escritor almeja ser imortal, mesmo que depois de partir desta vida terrena, se tornar imortal – e sim, é possível. Não falo de brincar de ser Deus, isso é blasfêmia, sou muito religioso e acredito piamente em Deus, acredito e não consigo viver sem sua proteção. O imortal a que me refiro é o reconhecimento se tornando membro de uma Academia de Letras, e eu consegui isso, no último sábado, 6 de novembro de 2021, fui eleito para a cadeira de número 9 da Academia Divinopolitana de Letras (ADL), cadeira que tem como patrono Guimarães Rosa. Seu primeiro ocupante foi dr. Quito, seguido por Célio César Paduano, Lindolfo Fagundes e meu antecessor, Ruy Franca. Com muita alegria, satisfação e muita emoção que transborda me esforçarei para aprender ainda mais sobre a nossa literatura, língua e linguagem. 




Alguns trechos de frases e poemas sobre imortalidade

Que não seja imortal, posto que é chama,

mas que seja infinito enquanto dure...

(Vinicius de Moraes)

 

O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos.

(Pitágoras)

 

O amor é imortal! Você pode negá-lo sufocá-lo, encerrá-lo, mas ele nunca morre.

(Augusto Cury)



Eu pelejei,

Escrevi, publiquei.

Por vezes errei,

Aprendi, enfim, acertei,

A Academia pleiteei,

E imortal, me tornei.

(Welber Tonhá)



⁠Se não existe a imortalidade da alma, então não existe tampouco a virtude, logo, tudo é permitido.

(Fiódor Dostoiévski)

 

Felies

A Festa Literária do Estrela do Oeste Clube está chegando, e sua abertura será dia 17, às 19h, no salão nobre do Estrela do Oeste Clube, na sede urbana.

Na abertura teremos uma mesa sobre literatura infantil com os imortais da Academia Divinopolitana de Letras, Joaquim Medeiros, Augusto Fidélis, Arnaldo Mesquita, Fátima Quadros, Márcio Lara e Elizabeth Quadro também têm presença confirmada, assim como a instituição da Academia Divinopolitana de Letras.  A Ler Realiza estará com livros a partir de R$ 5, vale a pena demais conferir. A entrada é franca, mas com todos os protocolos exigidos de segurança. A programação seguirá até dia 21, domingo, com a solenidade de encerramento.

 

Aniversário do Kbça na Tenda

A cidade se movimentará no dia 14, domingo, na Tenda Music bar, com diversas atrações como Sávio Fernatti, Lucas & Léo, Swingô, Roger Viegas, Vel Rodrigues, Grupo Atraentes, Grupo Envolventes, Flávio, Felipe Vox, Bloco dos Caveiras, Tekillas, The Peppers, Clariô, entre outros.  



Bar da Claudete com show do Ramesh

Dia 13, a partir das 20h, no bar mais plural da cidade, o bar da Claudete, tem show com Ramesh, vale a pena conferir, é na rua Paraíba, 642.

 

Zeppelin Music Bar

Quinta tem Karaokê Zeppelin com entrada franca, às 20h, e dia 13 tem Conatus, Blackborne e Sr. B Rock Music na Noite dos Mortos. Ingresso na Fator Rock, subsolo do Costa Rangel.

 

Livro da semana

A indicação da semana é o livro “Magma”, de poesia de Guimarães Rosa, publicado postumamente pela Editora Nova Fronteira. Apesar de ter ganhado, em 1936, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, o livro sempre foi considerado uma obra menor pelo autor de “Grande Sertão: Veredas”. Durante sua vida, Guimarães Rosa não demonstrou qualquer interesse em publicá-lo, chegando a dizer em entrevista: "[...] escrevi um livro não muito pequeno de poemas, que até foi elogiado. [Depois] passaram-se quase dez anos, até eu poder me dedicar novamente à literatura. E, revisando meus exercícios líricos, não os achei totalmente maus, mas tampouco muito convincentes". Só muitos anos após a morte de seu autor, em 1997, é que “Magma” veio a público

 

Tem pauta para sobre a cultura? Envie para [email protected]

Welber Tonhá e Silva 

Imortal da Academia Divinopolitana de Letras, cadeira nº 09

Historiador, escritor, pesquisador, fotógrafo e fazedor cultural.

Instagram: @welbertonha

 

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