Domingos Sávio: prevaleceu o bom-senso

Ainda bem que o deputado federal Domingos Sávio (PSDB) não alimentou mágoa contra o prefeito Galileu Machado (MDB). Explico: logo depois de assumir a Prefeitura de Divinópolis, Galileu declarou que o representante de seu governo em Brasília era o deputado Newton Cardoso Júnior (MDB). Desde aquela época, achei a declaração do alcaide politicamente indevida, pois os deputados Domingos Sávio e Jaiminho Martins (PPS) também representavam os interesses de Divinópolis em Brasília. E, como “castigo anda a cavalo”, a presumida influência do prefeito Galileu para a reeleição do Newton Cardoso Júnior (MDB) foi de apenas 430 votos nas eleições de 2018. Claro que o deputado Newton Júnior não tem culpa quanto a essa esdrúxula declaração do prefeito, em apontá-lo como seu representante em Brasília. Temi por Divinópolis, certo de que o deputado Domingos partiria para o revide político. Ledo engano (felizmente)!

 Sem revide

 Mesmo após a declaração infeliz de Galileu, em nome dos interesses de Divinópolis, o deputado Domingos Sávio ciceroneou o prefeito em Brasília, por alguns Ministérios. A pauta de reivindicações foi extensa e incluiu o PAC Habitação, que, em Divinópolis, atende especificamente aos moradores do Alto São Vicente, e a situação do Hospital Público. Domingos também conduziu Galileu até ao ministro das Cidades, que confirmou ao prefeito a liberação de verbas para os projetos de saneamento básico, pavimentação e infraestrutura e habitação. Depois disso, o deputado tucano também “socorreu” o governo Galileu Machado inúmeras vezes, e, em uma delas, liberou verbas parlamentares para UPA Padre Roberto, evitando que médicos entrassem em greve por falta de pagamento de salários.

Único representante de Divinópolis

Depois da eleição 2018, Domingos Sávio passou a ser o único representante na Câmara Federal, com base eleitoral em Divinópolis. E já está trabalhando pelo desenvolvimento da cidade. Exemplo: na sexta, 1º de fevereiro de 2019, a Secretaria Municipal de Agronegócios (Semag) de Divinópolis recebeu implementos agrícolas da segunda etapa do Programa Solo Forte. Foram seis equipamentos, que estão disponíveis para o pequeno produtor. Esses itens foram adquiridos por meio de emenda parlamentar destinada pelo deputado federal Domingos Sávio, via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no valor de R$ 58,4 mil. A parceria com Divinópolis continua em alta.

De novo uma CPI inútil

Concordo que Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é um instrumento sério e constitucional, só não concordo com o uso político e às vezes politiqueiro que fazem dela. Recentemente, segundo o editorial do Agora do dia 27 deste mês, referindo-se à CPI da Publicidade e Propaganda, “Divinópolis novamente é vítima do midiatismo barato”. Esta CPI foi pleiteada para investigar os gastos com publicidade e propaganda pela Câmara Municipal e Prefeitura. Segundo o editorial, “na época, quem acompanhou de perto a situação, viu que a instalação da CPI era apenas uma guerra entre duas pessoas”. Veja-se o absurdo: um vereador usando um instrumento sério, que tem poderes de investigação, apenas para atacar um desafeto político. Depois de nove meses de investigações, o relatório da CPI concluiu que não havia irregularidade nos gastos com publicidade e propaganda nos dois poderes. Acredite se quiser! Sugiro aos vereadores que não permitam mais esta banalização da CPI, pois a providência custa dinheiro público e tempo de cada vereador, ainda mais quando a CPI tem por escopo apenas inflar egos frustrados politicamente.

Ameaça a Matheus? Tem mais!

Além da propalada ameaça que o vereador Matheus Costa recebeu em pleno carnaval, tem uma outra que veio pelo Facebook. Não sei se o edil irá torná-la pública ou se vai recorrer à Justiça. A ameaça surgiu em uma postagem quando ele falava deste imbróglio entre ele e o secretário da Settrans. O agressor, além de outras ameaças, acusa o edil de “estar cobrindo buraco deixado pelo Cleitinho”, no que discordo.

Matheus é vereador porque obteve democraticamente 16.001 votos, o que o credenciou a ocupar a vaga deixada por Cleitinho, que renunciou porque se elegeu deputado estadual.

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