Dólar está em queda livre

 

Da Redação

Faltando três dias para as eleições, o mercado financeiro continua sendo influenciado pelos desdobramentos das campanhas eleitorais. Com isso, a cotação da moeda norte-americana segue em queda e fechou a última terça em baixa de 2,08%, cotada a R$ 3,934 para venda, estabelecendo a maior queda desde o pregão de 15 de junho passado.

Na manhã de ontem, o dólar comercial continuava a operar em queda de 2,5%, sendo comerciado a R$ 3,837, enquanto isso o Ibovespa fechou na tarde da última terça em alta de quase 4%. Tal oscilação do mercado é influenciado pelos resultados das pesquisas eleitorais, boatos, dentre outros, o que favorece a especulação financeira.

Mercado

Estas oscilações são de praxe sempre que há eleições presidenciais por aqui. E sempre após o resultado o mercado trata de voltar ao normal na sequência dos dias.

— Em agosto, setembro de 2003, quando as pesquisas davam conta da vitória de Lula (PT), já no primeiro turno, o dólar foi negociado a mais de R$ 5,00, devido a incerteza do mercado, pensando que Lula seria um bicho papão. Depois de ver que não era nada disso, o mercado voltou à tranquilidade e as cotações voltaram a um patamar normal. Hoje não é diferente, o mercado está apostando no Bolsonaro (PSL), não é o meu caso, e depois desta última pesquisa, os investidores reagiram dessa forma. E, sempre que o dólar caiu, a bolsa sobe devido à transferência de aplicações financeiras. Mas a tendência é que tudo volte à normalidade depois de passado as eleições — definiu o economista Célio Tavares.  

Trigo

Com a queda do dólar e sua provável estabilização pós-eleições, a tendência é que o preço dos importados, como o trigo, fique estabilizado.

— Meu filho nem sabia nada de dólar, e estou correndo da TV por causa desta propaganda política. Quero que tudo acabe o mais rápido possível. Se o dólar voltar ao normal, espero que os empresários coloquem as mãos na consciência, ou melhor, que comprem o trigo na baixa e façam um estoque — argumenta a aposentada Irani Sousa.   

Natal

A queda do dólar pode influenciar também, positivamente, nas festas de fim de ano. Principalmente na Ceia de Natal, que é um dos momentos mais esperados das comemorações de fim de ano. Muitas famílias optam por receberem amigos familiares com pratos elaborados com peixes, como o bacalhau, que regado a um ótimo azeite de oliva vai muito bem com aspargos e azeitonas. E, para a composição deste prato, o dólar é o tempero mais que necessário, pois a maioria dos alimentos são cotados na moeda americana.

Para a dona de casa Aparecida Costa são muitas as opções.

— Temos várias opções para fugir do tradicional peru ou chester. Uma boa bacalhoada regada a muito azeite e azeitonas é uma boa pedida, mas se não der vamos de ave especial mesmo — fala a dona de casa.

 

   

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