Divinópolis tem três casos suspeitos de dengue

Maria Tereza Oliveira

Para muitos, a época mais esperada do ano, o verão é marcado pelo calor intenso e chuvas no fim da tarde. Mas o que muitas pessoas se esquecem é que na mesma época do ano em que o mosquito Aedes aegypti se prolifera com mais facilidade. O inseto, embora pareça inofensivo, é responsável pela transmissão de diversas doenças que podem ser fatais, como a dengue, febre amarela, zika e chickungunya.

Embora seja um problema recorrente e com as causas conhecidas, ano após ano, a população sofre com as consequências de não ter os cuidados ideais.

Casos

De acordo com a Prefeitura, no ano passado, foram registrados 78 casos de dengue, sendo a maioria das ocorrências registradas nos meses de março e abril.

Em relação ao mesmo período do ano passado, em 2019 são menos casos da doença, já que em janeiro de 2018 foram registrados dez casos e, neste ano, são três casos suspeitos.

Mesmo com a diminuição de casos, o perigo ainda é iminente e os focos do mosquito transmissor são preocupações constantes.

Focos

Recentemente a Prefeitura divulgou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) que foi feito realizado de 7 a 11 de janeiro, apontou para o alto risco de epidemia de dengue no Município.

De acordo com a Vigilância em Saúde, a cidade está com 5,9% de índice de infestação.  Para o parâmetro técnico do Ministério da Saúde, acima de 4% é considerado de risco alto, ou seja, Divinópolis está em uma situação delicada.

Foram 4.943 imóveis da cidade visitados no período, e, em 294, foram encontrados focos dos mosquitos. Dentre esses 294 imóveis, 90% dos focos foram encontrados em residências, enquanto 10% foram em lotes vagos.

Guerra à água parada

Todos os anos é batida na mesma tecla: não deixar água parada. O levantamento constatou que em 38,6% dos focos de mosquitos foram encontrados em baldes, latas e recipientes de plásticos e pneus. 26,4% foram encontrados em pratos e vasos de plantas, pingadeiras, bebedouros de animais e planta aquática.

Além disso, ralos, caixa de passagens, vasos sanitários que não estão sendo usados, além de fontes ornamentais correspondem a 19,3% dos focos.

Estes padrões alertam para a importância de manter os cuidados com a água acumulada. O mosquito precisa de água parada e o calor para se reproduzir, o que transforma o verão tropical mais propício.

Durante todo ano, campanhas de conscientização, além de ações Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), como por exemplo, a realização de mutirões de limpeza, a aplicação de fumacê em locais com registros de casos suspeitos de dengue e a visita de agentes sanitários para fiscalização e orientação aos moradores. Além disso, a cidade ainda realiza gincanas educativas, palestras e eventos públicos como ações de conscientização.

Pequeno assassino

Mesmo sendo facilmente combatido e relativamente frágil, o Aedes aegypti é transmissor de várias doenças letais. Além da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela infectam e matam inúmeras pessoas no país todos os anos.

Com sintomas similares aos da gripe, essas doenças podem parecer inofensivas, porém, quando não tratadas rapidamente, levam a pessoa à morte.

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