Dispositivo desenvolvido em Divinópolis mostra batimentos cardíacos em tempo real

Professores da UFSJ e uma aluna do Cefet estão responsáveis por projeto inovador

Rafael Camargos 
 
Muitas pessoas são avessas as novas tecnologias, mas não se pode negar que elas oferecem diversos benefícios à sociedade. Com elas, pode-se amenizar os problemas de saúde ou até melhorar o quadro clínico do paciente, dependendo da situação. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) estão desenvolvendo um novo dispositivo, capaz de monitorar os batimentos cardíacos utilizando fones de ouvido. O sistema pode ser usado via Bluetooth. A nova ferramenta será disponibilizada em aplicativos para celulares e tabletes. Segundo os desenvolvedores, o objetivo é abraçar os projetos que tenham potencial de se tornarem um negócio de alto impacto de mercado e desenvolvimento socioeconômico. E, para que isso ocorra, conta com o diferencial de oferecer a rede de contatos estratégicos no Brasil e no mundo além de diversos benefícios próprios e também oferecidos através de parceiros. 
 
Desenvolvimento  

 O projeto assinado é pelo professor Paulo Afonso Granjeiro, juntamente com o pesquisador Valter Leite e a estudante de engenharia mecatrônica do do Cefet em Divinópolis, Thaís Lopes. 

 De acordo com o professor, esse projeto de startup poderá beneficiar idosos, pacientes com doenças crônicas e atletas, que necessitam de monitoramento cardíaco de longo prazo.  

— No Brasil, mais de 100 mil pessoas morrem por infarto a cada ano e o monitoramento cardíaco poderia nos dar informações sobre os batimentos em tempo real e de longo prazo, como um método de prevenção — explicou. 

É uma tecnologia disruptiva que utiliza a internet das coisas médicas para o envio de dados. O projeto multidisciplinar é uma parceria entre pesquisadores que trabalham na fronteira do conhecimento entre as engenharias e a biomedicina, visando produtos que podem solucionar problemas da sociedade de forma simples e barata. 

O biosensor de luz será inserido no interior do fone de ouvido e os sinais biológicos serão enviados, via Bluetooth, para aplicativos de celular e iPad. Para o Paulo Granjeiro, este dispositivo tem um fator social muito desejável, pois as pessoas não querem se sentir estranhas utilizando os dispositivos que estão atualmente no mercado.  

—Dispositivos médicos usáveis é uma tendência e o mercado de biosensores ultrapassará os 20 bilhões de dólares em 2018 — informou o professor. 

 Projeto 

 O projeto de startup foi selecionado pela Fiemg Lab Novos Negócios, programa de aceleração de startups desenvolvido pela Fiemg com parceiros como Fapemig, Sedects, Sebrae e Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o propósito de ser um nexo entre as indústrias e startups através de projetos inovadores de base tecnológica, corporativa ou acadêmica. 

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