Deputados reforçam promessas de emendas para Hospital Regional

Maria Tereza Oliveira

A novela do Hospital Público Regional ganhou, ontem, mais um capítulo. Foi realizada mais uma reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (Fiemg) de Divinópolis com forças políticas para finalizar a construção. Foram discutidos os próximos passos para captar recursos para o hospital.

Mesmo com 60% da edificação concluída, as obras, que tiveram início em 2010, foram paralisadas em 2016 por falta de verbas. Assim, após tantos anos, o Hospital Regional continua sendo um sonho dos divinopolitanos.

O grupo estratégico, nomeado ‘SOS Hospital’, esteve presente na reunião, junto com deputados que receberam votações expressivas na cidade. O Hospital Regional irá atender, além de Divinópolis, mais 54 cidades da região.

Dando continuidade ao projeto iniciado no ano passado, a Fiemg contatou os deputados que se comprometeram com emendas anteriormente.

Compromisso

No último dia 7 de dezembro, a Fiemg também foi escolhida como cenário para que forças políticas debatessem e se comprometessem com a finalização da construção. Na época, diversos parlamentares prometeram enviar emendas para as obras. Todavia, embora a Fiemg tenha solicitado o envio do número, valor e o espelho da emenda, as informações nunca chegaram.

O prazo para fazer o repasse à Prefeitura para inserção da proposta no sistema foi até o dia 17 de março.

O valor total comprometido no ano passado foi de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 3 milhões destinados pelo deputado Domingos Sávio (PSDB), R$ 1 milhão do deputado Reginaldo Lopes (PT), R$ 1 milhão do deputado Fábio Avelar (Avante) e R$ 2,5 milhões do deputado Cleitinho Azevedo (PPS). Jaime Martins (PSD), Vilson da Fetaeng (PSB), Fabiano Tolentino (PPS) e Gustavo Mitre (PSC) manifestaram interesse mas não estipularam valores.

Não veio, mas virá

Na reunião de ontem, Cleitinho foi representado pelo assessor Juliano Viera. De acordo com o representante do deputado, o compromisso em repassar o valor prometido continua, entretanto, só será possível no próximo ano.

Fábio Avelar explicou que o governo do Estado não repassou os valores de emenda, mas reforçou a promessa.

Domingos Sávio foi representado pela esposa, Rosenilce Cherrié, que também faz parte do grupo. O deputado está em reunião com o Ministro da Saúde e afirmou estar buscando maneiras mais eficazes de trazer recursos através de emendas de bancada.

Também estiveram presentes na reunião a consultora de Projetos, Sandra Helena Oliveira, vereadores da cidade, o gerente de logística do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), Dárcio Abud, representantes do Corpo Discente da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), o presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), Mayrink Pinto de Aguiar Júnior e o presidente da Fiemg Divinópolis, Paulo César Costa, que assume a coordenação do projeto.

Conclusões

Para o presidente da Fiemg, a conclusão da obra é uma das demandas mais importantes da região que serão entregues ao governador de Minas, Romeu Zema (Novo), no Encontro com Industriais.

— Trabalhador saudável, com acesso a atendimento de saúde, reflete no setor produtivo e, consequentemente, no desenvolvimento social e econômico do Centro-Oeste. Por isso, a Federação está empenhada neste e em outros assuntos — afirmou.

Ainda na reunião, foi determinada a criação de uma Comissão Executiva, composta pelo presidente e a analista de comunicação da Fiemg, Paulo César Costa e Gracielle Castro, respectivamente. Também compõem a comissão a consultora de projetos, Sandra Helena Oliveira, o gerente de logística do Cis-Urg, Dárcio Abud, e o presidente da Amirt, Mayrink Pinto de Aguiar Júnior.

A ideia é tratar mais diretamente as estratégias de busca de recursos e elaboração de projetos para, posteriormente, repassar aos demais componentes do Grupo SOS Hospital Público.

Cada vez mais cara

A construção do Hospital Público está parada desde fevereiro de 2016. Mesmo com 60% das obras e diversos encontros realizados, até então, nenhum sinal de que construção seria finalizada.

Com as obras iniciadas em 2010, o Hospital era a grande promessa de melhorias na saúde pública do Centro-Oeste. Quanto mais tempo uma construção fica parada, mais cara se torna.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), estima-se que as obras ficarão em torno de R$ 100 milhões, e que mais de R$ 60 milhões já foram investidos na construção.

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