Deputados criticam tentativa de do governo privatizar a Copasa

Virgílio Guimarães defende consulta popular

Da Redação

A possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) esteve no centro das discussões do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na reunião de ontem. Dos quatro deputados que se pronunciaram, três abordaram integral ou parcialmente o tema. 

O deputado Betão (PT) condenou a intenção do governador Romeu Zema de privatizar a companhia. Ele afirmou que a empresa é uma das maiores do setor de saneamento do Brasil e apresentou números oficiais. Segundo ele,  a estatal atende 641 dos 853 municípios mineiros com abastecimento de água e 311 dessas cidades também com serviço de esgoto. Além, conforme ele, oferece água tratada para 11,4 milhões de pessoas e esgoto a 8 milhões de habitantes, atingindo 55% da população do Estado.

O deputado informou que, no ano passado, a empresa apresentou um lucro de R$ 754 milhões e prevê investimentos, aprovados por acionistas, de R$ 850 milhões neste ano. Até 2024, os investimentos deverão somar R$ 5 bilhões.

Investimentos

O petista lamentou que os investimentos da empresa estão atrasados e apenas R$ 149 milhões foram realizados no primeiro semestre. 

— O governador quer repartir dividendos e não realizar investimentos em todo o Estado, que gerariam mais empregos locais e ajudariam a diminuir os impactos da crise — disse Betão.

Já Virgílio Guimarães (PT) inseriu na temática a Copasa, para refletir sobre o papel da concessionária no atual cenário. 

— O momento não é de pensar se a Copasa deve ou não ser privatizada. Temos que pensar no saneamento como pressuposto para a saúde e também como motor de desenvolvimento — disse. 

O deputado também se disse favorável à consulta popular sobre qualquer projeto de privatizar a Copasa e a Cemig. 

— Não abro mão do dispositivo constitucional que coloca o povo mineiro como quem deve dar a última palavra nesse assunto — declarou.

Divinópolis

Motivo de polêmica e muita reclamação em Divinópolis, a empresa segue fazendo as obras para tratamento do esgoto do rio Itapecerica. A data de entrega da ETE já foi adiada por três vezes e a nova promessa é ainda para este ano. Foi palco de diversas discussões políticas e estará nas campanhas dos candidatos a prefeito, conforme prometido por alguns deles.

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