Delegado encerra as oitivas da “CPI dos áudios”
Maria Tereza Oliveira
A “Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos áudios” teve mais um capítulo nesta quarta-feira, 14, com o depoimento do delegado regional, Leonardo Moreira Pio. Este foi o último relato colhido pela CPI dos áudios, que tem como intuito apurar supostas irregularidades cometidas pelo Executivo na nomeação de um cargo de confiança.
A oitiva foi realizada na sede da Polícia Civil (PC), e contou com a presença dos vereadores: Ademir Silva (PSD), Renato Ferreira (PSDB), Josafá Anderson (PSD) e Raimundo Nonato (PDT). Edson Sousa (MDB) que também faz parte da Comissão, não compareceu na oitiva por estar em viagem, porém enviou suas perguntas através do relator da CPI.
Criada a cinco meses, após o vazamento de áudios com uma conversa entre o prefeito Galileu Machado (MDB) e o empreiteiro Marcelo Máximo de Morais Fernandes, conhecido como Marcelo Marreco. Algumas interpretações sugerem que a conversa envolve a oferta de cargo público com uma insinuação de que o empreiteiro não precisaria trabalhar.
Depoimento
Durante seu depoimento, Leonardo Pio foi questionado sobre possíveis reclamações de vereadores estivesse se sentindo ameaçado por causa da abertura da CPI.
O delegado respondeu que no início do ano recebeu um grupo de vereadores.
— Eles disseram que estavam se sentindo ameaçados por publicações nas redes sociais, e que estariam denegrindo a imagem deles. Porém, isso foi antes de instaurar a CPI, eles não mencionaram quem era a pessoa que estava fazendo as ameaças — lembrou.
Na ocasião, o delegado afirmou que orientou os vereadores para que eles formalizassem um pedido de providências.
Futuro da CPI
Com o fim das oitivas, a expectativa agora fica por conta da conclusão do relatório da CPI, que deve ser remetido ao Ministério Público (MP) outro órgão que mantém uma investigação paralela sobre o caso.
O prazo de trabalhos para apurações da CPI termina dia 19 de novembro, e segundo o presidente da comissão, Ademir Silva, ainda não há previsão para a entrega do relatório final, considerando que a Comissão está aguardando a quebra de sigilo telefônico que segue tramitando no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).