De novo, CPIs inúteis

Bob Clementino 

Ano eleitoral historicamente é assim mesmo. Vereadores, temendo não serem reeleitos, começam a propor projetos, ações mirabolantes e sensacionalistas para chamar a atenção dos eleitores saturados. Daí surgem pedidos de redução de salários de vereadores, medidas que eleitores sabem que não ocorrerão, pois políticos não abrem mão de salários e das mordomias. Agora, em pleno ano eleitoral, enfileiram na Casa Legislativa dois pedidos de CPI contra o prefeito Galileu Machado (MDB), um dos quais subscrito pelo vereador Edsom Sousa (CDN), que apoiou a candidatura de Galileu à Prefeitura e até foi seu líder na Câmara. O outro requerimento, ainda não protocolado na Câmara Municipal, seria de autoria do vereador Matheus Costa (CDN).

A importância da CCPI

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é um importante instrumento de investigação que tem como objetivo averiguar determinadas denúncias de irregularidades no setor público. Ruim na Câmara Municipal de Divinópolis é o uso político e partidário que fazem deste recurso.

Por que CPIs inúteis?

Porque nunca chegam a lugar algum! Até hoje, no governo Galileu Machado, foram seis denúncias político-administrativas. E se “vingar” essa que o vereador Matheus Costa (CDN), prepara, será a sétima. E porque não chega a lugar algum? Simples! Tem a ver com o que denunciamos neste espaço democrático: troca-troca entre prefeito e alguns vereadores, e ambos se comprometem. Ora, em troca de obras nos bairros onde se concentram seus eleitores e de conseguir empregar na Prefeitura seus protegidos, alguns edis apoiam os interesses do alcaide na Câmara. Então nenhuma, eu disse nenhuma denúncia que entrar na Casa Legislativa contra o alcaide, prosperará. De antemão, os edis que propõem CPIs contra o prefeito sabem que o lucro político que terão é o da visibilidade momentânea, ou os 15 minutos de fama de Andy Warhol, que todos os políticos buscam incessantemente.

Delano 'na mosca' 

Na reunião ordinária de ontem foi lida a denúncia por infração político-administrativa contra Galileu Machado que poderia resultar em mais um pedido de CPI contra ele. Escrevi acima que com essas ações alguns edis só querem evidência, aplausos, ainda que momentaneamente. E quando o vereador Dr. Delano fez o uso da palavra, na Tribuna da Casa, citou uma passagem do Evangelho, que, segundo ele, é “a cara do episódio do que está acontecendo aqui, hoje [ontem], no Plenário. É Mateus 6 a 18. “Coitado do homem que aproveita da lei para ser aplaudido por outras pessoas.”".     

CPI inútil foi rejeitada 

A denúncia contra o prefeito foi lida em plenário e sua admissibilidade rejeitada por 13 vereadores contra três. Foi para o lixo da história mais um CPI inútil.

Mais uma denúncia 

Revoltado com a derrota de seu pedido de investigação contra atos administrativos do prefeito Galileu Machado, o vereador Edsom Sousa, que disse que tem “vereador na gaiola do prefeito”, denunciou na reunião que “Galileu manda nessa Casa! Ele manda e desmanda”. Com a palavra, os demais edis!

Vice-prefeitos dos sonhos

As eleições municipais, de acordo com o deputado federal Giovani Cherini (PR), serão  transferidas para o dia 15 de novembro e o segundo turno acontecerá no dia 29. Em Divinópolis, as articulações para escolhas da chapa majoritária estão a mil. Por isso, em um exercício de imaginação, comecei a sonhar com nomes que poderiam compor a chapa majoritária como vice-prefeito. A maioria nem filiada a um partido é! O objetivo é chamar a atenção dos eleitores para a necessidade de termos, na disputa da Prefeitura, pessoas qualificadas profissional e administrativamente para os cargos. Oportuno também  lembrar que no município há bons nomes para administrá-lo e que precisam ser provocados para se filiarem a um partido e dar sua contribuição para nosso desenvolvimento:
Gilson Morais pai, e Vinicius Morais, filho (empresários); Pedro Magalhães de Faria; Janiene Faria (diretora do Agora); doutora Adriana Ferreira (advogada e jornalista); Elson Penha Silva (ex-secretário do Desenvolvimento e ex-diretor da Cemig). Outros nomes na próxima edição do jornal.



 

 

 

 

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