Da tristeza à alegria

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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Quando terminou o duelo entre Guarani e Villa Nova, na última rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro de 2016, no domingo, dia 10 de abril, o alvirrubro havia feito a sua parte, vencido seu jogo por 2 a 1, no Farião, e só dependia dos resultados dos dois grandes da capital, que enfrentavam a Tricordiano e Boa Esporte, para permanecer na elite do futebol mineiro.

Aí veio a notícia que ninguém contava. O Cruzeiro até fez o que dele se esperava, derrotando o Boa Esporte em Varginha, por 3 a 2, mas o Atlético havia sido derrotado pelo Tricordiano, em pleno Independência, por 4 a 2, num placar surpreendente para toda a torcida mineira.

E o resultado de tudo isto foi que o Guarani terminou o estadual na 11ª colocação, com 12 pontos ganhos, e foi rebaixado para o Módulo II no ano seguinte.

 Ano de aprendizado 

Em 2017, sem a cota de TV, cheio de dívidas, e sem dinheiro para armar um time competitivo, a diretoria do Guarani apostou numa parceria com o América da capital. Foi um desastre total. O Bugre só não desceu ladeira abaixo, caindo para a Segunda Divisão, por pura sorte. Algo fora do normal ocorreu e mudanças tinham que ser feitas para o futuro.

 Aposta na base 

E a diretoria colocou mãos à massa, e o principal: pôs o dedo na ferida. Voltou a investir em categorias de base e o diretor de futebol Renato Montak ficou de olho em jogadores que tivessem reais condições de defender o manto alvirrubro.

 A longo prazo 

Com Gian Rodrigues já acertado com os dirigentes desde julho de 2017, a escolha dos jogadores que iriam integrar o elenco para 2018 passou a obedecer a critérios sugeridos pelo novo comandante. E não poderia ser melhor a receita. O Guarani montou uma família e não um grupo de jogadores para disputar o Módulo II. E o título foi o justo prêmio por todo esforço de todos durante a preparação deste que foi o melhor Guarani das últimas décadas.

 MANGUEIRAS BRASIL 

Torcida fez a diferença em 2018 

E não dá para passar em branco aquele que foi o diferencial do Guarani na disputa do Campeonato Mineiro 2018: a sua torcida. Desde a primeira partida em Divinópolis, no dia 24 de fevereiro, com vitória por 1 a 0 sobre o Social, o time contou com o reforço de seu 12º jogador. Das arquibancadas do Farião, veio o apoio que o time precisava para ir em busca de seus sonhos, e a volta à elite do Mineiro era o maior deles.

Preços acessíveis 

Pensando em fortalecer a marca Guarani, o presidente Vinicius Morais, apostou na presença da torcida, no programa de sócio torcedor, e em ingressos a um preço que cabia no bolso dos torcedores. E não poderia ser melhor a escolha. Com o chamado da diretoria, o divinopolitano deu a resposta e passou a lotar o Farião em todos os jogos, com a média de público no Mineiro sendo de mais de 2,5 mil torcedores por partida, maior que a de muitos clubes do Módulo I do estadual das Minas Gerais e até mesmo de outros estados.

 Grande festa para os tricampeões 

E o prêmio maior, estes jogadores receberam nos dois jogos das fases finais em casa, quando a torcida comprou todos os ingressos e carregou o time nos braços nos duelos contra Uberaba Sport e Tupynambás, dando forças a que os jogadores pudessem fazer o seu papel.

E a festa na decisão de sábado, com a torcida invadindo o gramado do Farião, para comemorar o tricampeonato, lado a lado com seus heróis, foi algo que ficará na memória de todos e eternizado na história do alvirrubro.

O campeão voltou! Agora é tri. E voltou para ficar para todo o sempre na elite, um lugar que é seu por direito.

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