Curta-metragem representa Divinópolis na Índia

 

Jorge Guimarães 

O curta-metragem “Dentro”, roteirizado e dirigido pelo cineasta divinopolitano Alisson Resende, foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Shorts de Delhi, na Índia. O filme vai concorrer em quatro categorias: melhor filme, melhor diretor, menção honrosa do júri e menção especial do festival. A sétima edição será no próximo dia 28, em Delhi, a segunda maior cidade da Índia.

Alisson Resende também é roteirista e diretor dos filmes “Ninguém Pode te Ouvir”, gravado no Rio de Janeiro, “Carona” e “Hands”, rodados em Divinópolis.

O festival é realizado desde 2012 pela Miniboxoffice para estabelecer uma indústria de curta-metragem paralela ao cinema comercial. Foram selecionados curtas-metragens e documentários com abordagens pensativas e criativas de todo o mundo.

— “Dentro” é o meu trabalho mais maduro, mais intenso. O filme recebeu quatro indicações, entre elas a de melhor diretor e melhor filme em curta-metragem. Estou ansioso e confiante. Espero representar o meu país e estado da melhor forma possível — avalia Alisson Resende. 

Filme 

O curta foi gravado em Divinópolis em dezembro do ano passado. É um suspense psicológico narrado por uma personagem que vive momentos de medo, angústia e tensão ao ver-se presa pela escuridão.

Todas as cenas foram gravadas em dezembro do ano passado em um galpão escuro, sem iluminação. Para conduzir a história, o cineasta utilizou uma iluminação bem restrita e planejada: 90% da luz foi com o uso de uma lanterna de celular. Apenas a cena final, a batida da porta, foi produzida com um led.

— Ter um filme selecionado em um festival é sempre gratificante. Ter um filme de produção independente e baixíssimo orçamento selecionado por um festival internacional é mais gratificante ainda, pois aprova e certifica a qualidade do trabalho realizado. Acredito que o sucesso da história se deve ao fato de ela retratar um sentimento universal e é justamente por isso que o filme foi selecionado por um país com cultura tão distinta da nossa. Não importa qualquer diferença cultural. A dor e os escuros da alma são sempre universais — comenta Alisson.

 

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