Cultura quilombola em exposição

 

Da Redação

Todos os meses é comemorado o Dia do Idealista. No próximo domingo, 5, o palco escolhido pelos idealistas do Centro-Oeste de Minas foi Divinópolis. A data tem como intuito destacar projetos de fomento à cultura e à economia do Quilombo Cachoeira dos Forros. A programação conta com exposições e palestras no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), além da instalação do Ponto do Idealista na cidade.

Na prática, os idealistas esperam cooperar para que cidadãos e comunidades possam realizar seus projetos em benefício de um objetivo maior. E é exatamente isso que os idealistas de Divinópolis e de Passa Tempo, capitaneados por Wander Sena e Bianc Amorim, respectivamente, vêm fazendo para elevar a cultura e o legado do Quilombo Cachoeira dos Forros.

Celebrar

Para celebrar o Dia do Idealista – comemorado todos os meses no dia em que representa o mês, ou seja, em maio, a data será solenizada no dia neste domingo, 5 – o Senac abriu suas portas para abrigar uma programação especial. São três dias, que salientam o apoio dos idealistas aos projetos da comunidade quilombola passatempense.

— Foi durante uma caravana realizada no Dia do Idealista de dezembro de 2018 que conheci o Quilombo Cachoeira dos Forros e sua cultura. Fui criado por uma descendente de escravos e me sensibilizei muito com o que vivenciei naquela comunidade. Decidi homenagear minha mãe Simplícia, contribuindo de alguma forma com os moradores do povoado, de modo organizado com os Idealistas — relembra Wander Sena.

Bonecas

Bianc Amorim, idealista de Passa Tempo, vem mobilizando apoiadores pelo resgate da cultura quilombola de Cachoeira dos Forros desde o ano passado. Em outubro de 2018, uma ação do Grupo Idealistas foi realizada no quilombo para dar visibilidade à tradição das bonecas Abayomi, que surgiram durante as viagens que as mães africanas faziam a bordo dos tumbeiros – navios de pequeno porte que transportavam escravos para o Brasil. Para aconchegar seus filhos, elas rasgavam retalhos de suas saias e criavam pequenas bonecas, com tranças ou nós, que eram uma espécie de amuleto de proteção.

Exposição

O fotógrafo fez o registro da produção das Abayomi. A exposição “Poéticas da realidade” faz parte da programação da data e permanece aberta ao público por um mês, no Senac.

São três dias de cultura, conhecimento e fomento à economia colaborativa. A programação conta ainda com palestras que apresentam a história da comunidade e a tradição das Abayomi, além de oficinas de criação das bonecas.

 

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