Cuidado com o fluxo da multidão

Israel Leocádio 

Olá! Como vai? Hoje quero pensar um pouco sobre nossa rotineira vida urbana. Sobre o vai e vem de uma multidão. Sobre o inquieto fluxo das pessoas, sempre indo para algum lugar. Sobre o verdadeiro caos desumano, subumano, suburbano. A imagem que tenho da vida na cidade (observando a multidão nas ruas) é como um rio de seres humanos que corre pelas margens de concreto dos edifícios. Sempre me pergunto: para onde estão indo? Por que têm tanta pressa? Por que andam em direções diversas? Porque uns caminham em direção oposta a outros. E todos apenas seguem o fluxo! Se entrarmos na multidão, seremos conduzidos pelas correntes urbanas. E nos tornaremos multidão, com todos.

Multidão!... Poucos são capazes de lidar com ela. É ainda mais difícil mudar a direção do seu fluxo. Nisso Jesus Cristo de Nazaré foi incomparável. Se alguém pode mudar os rumos de uma multidão, esse alguém é Jesus. Permita-me mostrar isso em uma situação vivida por Cristo em uma cidadela chamada Naim. Fato relatado no Evangelho segundo Lucas, capítulo sete.

A Bíblia diz (a partir do verso onze) que Jesus se dirigia a uma cidade chamada Naim. Com ele ia uma multidão. Chegando próximo àquela cidade, vinha em sua direção uma outra multidão que acompanhava um cortejo fúnebre. Tratava-se do único filho de uma viúva. As duas multidões encontraram-se. Jesus toca o esquife, impedindo o cortejo. Tratava-se de duas multidões que seguiam fluxos diferentes: uma seguia o fluxo de Cristo, impulsionada por milagres, poder, curas e sinais realizados por Jesus. Era o fluxo da fé, da confiança, da esperança; o outro era o fluxo da tristeza, do choro, da desesperança. Eram pessoas impactadas pela dor daquela mãe, que, no contexto de seu tempo, não podia alimentar qualquer esperança no futuro, pois já não tinha marido e agora perdera o filho. Era o fluxo da falta de perspectivas futuras (algo bem parecido com o que vivemos em nossos dias). Mas o Texto Sagrado afirma: Jesus parou a multidão, tocando o esquife.

Posso ver a cena! As mãos firmes de Jesus segurando o esquife. Todos parando diante da ousadia. O semblante das multidões antagônicas: uns com o olhar cheio de lágrimas e desesperança, outros observando Cristo, como quem esperava ver algo novo ocorrendo. Certamente, foi uma cena forte! Quando Jesus dá a ordem ao morto: “Jovem, eu te mando: levanta-te!” (Lucas 7.14). E o moço se levantou. Agora, não temos dois fluxos e duas multidões, mas apenas uma multidão e um fluxo: O da fé, da esperança e do recomeço. Encontrar-se com Cristo é mudar a direção!

Quero incentivar você a um encontro com Aquele que pode mudar o fluxo da desesperança que tem conduzido a humanidade nestes dias. O que temos vivido é um forte vento de falta de perspectivas, que vem empurrando a multidão para um só rumo: a falta de fé. Mas o mesmo Cristo que parou a direção daquela multidão que seguia o fluxo da morte está vivo e tem poder para mudar a direção que todos parecem seguir. Quero incentivá-lo a ir em direção a Ele e deixar que Ele toque em você. Jesus carrega uma promessa, que ninguém pode fazer: “Eis que faço novas todas as coisas”(Apocalipse 21.5).

Temos duas opções: continuar no cortejo da morte e desesperança; ou crer em Deus e seguir a multidão da fé e esperança. Você é quem decide!

 

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