Cruzeiro pode ir do céu ao inferno

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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 Com o time estrelado na 7ª posição na tabela, com 33 pontos ganhos — 16 atrás do líder Internacional e podendo ficar oito atrás do 6º colocado (caso o Atlético tenha vencido o Furacão na noite de ontem, em Belo Horizonte) — a situação do técnico Mano Menezes, dos jogadores e da diretoria do Cruzeiro já não é das mais confortáveis. E isto faz tempo.

Sobrevida 

Com a Raposa sobrevivendo nos duelos de mata-mata da Copa do Brasil e da Taça Libertadores, será até aceitável. O discurso está ensaiado e a conquista de um grande título e a consequente vaga na Libertadores de 2019 garantida, salvará o ano. Apesar de a maioria dos torcedores admitirem que o time está devendo e muito um bom futebol. E não é de hoje!

Que venham os duelos de mata-mata e que o Cruzeiro reencontre o seu caminho. Esta é a esperança da China Azul.

Primeiro, o Palmeiras 

Já nessa quarta-feira, no Alianz Parque, na capital paulista — com o jogo da volta marcado para o Mineirão, no dia 26 — o adversário será o Palmeiras, treinado pelo técnico Luís Felipe Scolari. Num duelo onde não é possível se apontar favoritismo para nenhum dos lados, apesar do melhor momento hoje vivido pelos paulistas.

Depois, o Boca Juniors 

E a pedreira não para por aí. A vida dos cruzeirenses será igualmente dura nos confrontos das quartas de final da Copa Libertadores, onde terão pela frente nada menos que o todo poderoso Boca Juniors, na temível La Bombonera.

O jogo de ida será disputado na quarta-feira, 19 de setembro, às 21h45, na Argentina. O segundo duelo ocorrerá em 4 de outubro (quinta-feira), às 21h45, no Mineirão. Para passar à semifinal, o Cruzeiro terá que mostrar muito mais futebol, jogar tudo aquilo que ainda não jogou nesta temporada.

MANGUEIRAS BRASIL 

Futebol está ficando chato demais

 O politicamente correto já está passando dos limites, atingindo proporções insuportáveis e se alguém não criar coragem e clamar por um basta agora, a situação atingirá níveis tais que será impossível reverter o quadro num futuro não muito distante.

Já não é permitido mais brincar. Jogadores têm de agir como robôs e nem festejar gols e vitórias ele podem. É uma avalanche de ‘perdedores’ se fazendo de coitadinhos, que o mundo da bola está ficando muito sem graça.

Mea culpa 

E a hora é de buscar culpados, sim. E como representantes da imprensa, que promovem e vendem o espetáculo, muitos profissionais têm contribuído para instalar o caos. Na ânsia de ‘fabricar manchetes’ repórteres cutucam os rivais, já sabendo que as respostas renderão mais alguns bons capítulos.

E temos que dar um basta também nesta maluquice toda. Repórteres estão nos campos para promover os espetáculos e não para acirrar os ânimos de torcidas e jogadores. O que tem demais em comemorar gols jogando beijinhos para os rivais ou dar uma ‘caneta’ no adversário? Nada.

E se ninguém fizer disso um cavalo de batalha é isso que será, nada. Apenas um instante de felicidade e descontração dos atletas, daquele que fez por merecer, pois na verdade é ele o verdadeiro dono e senhor do espetáculo. São seus gols e dribles que fazem a alegria do futebol. Simples assim!

Dois casos 

No fim de semana, essa verdade ficou ainda mais evidente. Nos clássicos de São Paulo e Rio Grande do Sul — Palmeiras x Corinthians e Grêmio x Internacional —, os repórteres estavam com o discurso afiado e ensaiado, na ânsia de fomentar a briga entre os rivais.

Menos, pessoal, bem menos. Não esperem que nada de mais grave ocorra para assumir seus erros. Acirrar e promover discussões entre rivais não é, nunca foi e nem será o melhor caminho.

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