Criança sendo criança

Estamos na véspera no Dia das Crianças, e trago aqui uma reflexão para os pais com filhos ainda pequenos.

Você tem enxergado seu filho (a) como criança?

Hoje, nos deparamos com pais que tratam seus filhos como verdadeiros adultos: na maneira de conversar, nas cobranças do dia a dia, nas obrigações impostas pelas famílias.

Ao conversar com uma criança, independente de qual seja o assunto, devemos seguir alguns passos importantes tais como: ser amável, manter tom de voz confortável, ter vocabulário simples para facilitar a comunicação, saber escutar e estar ali, frente a frente com a criança, na posição agachado ou ajoelhado.

Quando os pais estão no mesmo nível do filho (a) para uma conversa, aumenta a autoestima dos pequenos, criando empatia e fortalecendo o vínculo entre eles.

Num diálogo entre pais e filhos, a criança precisa se sentir segura, e, estando ali de igual para igual com os pais, ela não se sentirá inferiorizada ou submissa. Nesse momento, um simples ato de colocar a criança no colo, fará com que ela se sinta insegura, e pode até mesmo achar que sua opinião não tem relevância para os pais. Olhar nos olhos e se mostrar atentos e interessados reforça o vínculo e a confiança, e isso faz toda a diferença na vida deles.

Acredito que a criança precisa, sim, ter responsabilidades desde cedo, como estender a cama, guardar os brinquedos e deixar o quarto organizado. Mas apenas isso, né, papais. As obrigações devem ser leves, e nada de passar funções que seriam suas para os filhos de vocês.

O que os pais de hoje, principalmente os de primeira viagem, precisam entender é que a criança precisa ser criança, e não um prodígio. Se seu filho possui capacidades superiores à idade dele, ótimo, valorize isso, assim como qualquer outra coisa. Talvez um simples esforço que para nós, pais, seja insignificante, para eles será grande um grande avanço.

O nosso papel, enquanto genitores, é mostrar aos nossos filhos o quanto é gostoso brincar, correr, pular, se sujar. São habilidades motoras básicas, e será a partir delas que a criança começará a desenvolver outras que fará dela um adulto feliz.

E quem aí não se comove ao ver uma criança feliz?

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