CPI dos Áudios ouvirá prefeito e secretários na segunda, 13

Ricardo Welbert 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Câmara de Divinópolis para apurar indícios de ilegalidades em ligações telefônicas gravadas e que envolvem diretamente o prefeito Galileu Machado (MDB) e ameaçam o governo terá mais uma rodada de oitivas na próxima segunda-feira, 13.

Os convocados da vez são a secretária municipal de Administração, Orçamento e Informação, Raquel de Oliveira Freitas; o secretário de Governo, Roberto Antônio Ribeiro Chaves; e o prefeito.

De acordo como presidente da CPI, Ademir Silva (PSD), as entrevistas com os convocados estão marcadas para a partir das 13h, na Câmara. Porém, cada um será ouvido separadamente.

— Adotaremos esse formato para permitir que cada um dê as suas versões dos fatos sem ser interrompido ou intimidado pelos outros — comenta.

Pauta

Galileu deverá ser questionado sobre a denúncia de oferta de cargos e a oferta de emprego que ele teria feito a Marcelo Máximo, o Marreco, sem que ele precisasse trabalhar. Após uma análise feita por peritos comprovar que não houve edição nos áudios, o prefeito também será questionado sobre o que lhe traria medo caso Marreco subisse à tribuna da Câmara para contar o que diz saber.

Já Raquel deverá ser perguntada sobre os motivos que a teriam levado a procurar o blogueiro Geraldo Passos, editor do “Divinews”. Ela também será questionada sobre o processo de nomeações a cargos na Prefeitura e sobre a prática de procurar uma pessoa nomeada a cargo no governo quando ela já está em casa durante a noite, como Marreco afirma ter acontecido com ele.

Já Roberto deverá ser perguntado, dentre outras coisas, sobre o fato de o nome de Marcelo ter sido escrito errado no decreto rascunhado para a confirmação de Marreco em um cargo ligado ao setor de alimentos.

Rodada seguinte

Após as oitivas de segunda, os integrantes da CPI se reunirão na quarta-feira, 15, para analisar o conteúdo obtido e decidir quais serão as próximas etapas.

Nelas deverão ocorrer as oitivas com o procurador federal Lauro Coelho e também com o blogueiro Geraldo Passos.

Segundo o presidente, ainda é cedo para tirar conclusões sobre a investigação.

— Ainda não temos consciência formada, porque até o momento ouvimos apenas uma parte, que é a que defende as ideias apresentadas por Marreco. A partir das oitivas com os membros do Município e com as demais partes. Só assim será possível avaliar quem pode estar certo ou errado — finaliza Ademir.

 

 

 

 

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