Batendo Bola

José Carlos de Oliveira

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 É! Não tem mesmo jeito, agora não há outra alternativa, e a luta do Guarani será mesmo para escapar de mais um rebaixamento em sua história. Contra todos os prognósticos de início de temporada, quando esperava-se muito mais do time, o Bugre está nas últimas posições na classificação do estadual e correndo riscos reais de cair para o Módulo II no ano que vem.

A verdade é que a equipe montada pela diretoria para o Mineiro de 2019 não encaixou o seu melhor futebol, e o resultado é o que estamos assistindo, rodada após rodada. O alvirrubro cai pela tabela em um jejum de vitórias que assusta até os mais otimistas.

 Saldo negativo

 Oito jogos e nenhuma vitória, com cinco empates e três derrotas, apenas quatro gols marcados e dez sofridos são os números do time até o momento. E contra números não há argumentos.

E reverter a situação faltando apenas três rodadas para o término da fase de classificação passa a ser a obrigação de todos pelos lados do Porto Velho, a começar pelos jogadores e terminando na comissão técnica, que é, sim, a maior responsável pelo péssimo momento do time.

 Demorou

 O técnico Gian Rodrigues fez suas apostas e esperou tempo demais para fazer as mudanças que se faziam necessárias. Alguns jogadores não renderam o que se esperava deles e deveriam esquentar o banco, faz tempo.

Esta é a única verdade!

 Bons jogos

 Também é verdade que em alguns jogos o time até esteve bem em campo, mostrando qualidades e dando esperanças à torcida. Mas apenas boas apresentações não bastam, tem que colocar a ‘bola na casinha’ e construir o resultado. E isso o time ainda não foi capaz de fazer nesta temporada.

 Há tempo?

 Faltando apenas os duelos contra o URT (dia 9/3), Tombense (16/3), estes dois no Farião, e o América no dia 20 de março no Independência, em Belo Horizonte, o Guarani tem mais nove pontos a disputar, podendo chegar a 14 e até garantir uma vaga entre os oito times que disputarão as quartas de final.

Difícil é acreditar que o time vá conseguir esta façanha. Tempo para recuperação há, mas, para que ela venha a ocorrer, o Guarani terá que reescrever sua história nesta temporada, e é aí que está o perigo.

Os responsáveis em buscar forças para reverter a situação são os jogadores, mas será que eles têm determinação suficiente para isso? As apostas estão na mesa. Acreditar ainda no sucesso vai depender apenas deles.

 Jogar junto

 Ao torcedor, que sempre foi o 12º jogador do time, fica o pedido para não abandonar o barco nesta hora. Se com ele do lado as coisas já serão difíceis, se ele virar as costas ao time na reta final já não haverá salvação possível.

A hora é de lotar o Farião nas próximas partidas e dar um gás a mais aos jogadores. E não tenham dúvidas de que se a torcida fizer o seu papel ainda pode haver salvação, mas, se ela abandonar o barco, já era. O time já pode pensar é em recomeçar no ano que vem.

Com a palavra o fiel torcedor, aquele que nunca abandona o time. Eu acredito, sempre.

E dá-lhe Bugre!

 Fala, mas não se explica

 No fim de semana, o presidente do Flamengo concedeu a primeira entrevista (dando margem a perguntas dos jornalistas) após a trágica morte dos jovens atletas no Ninho do Urubu. E deveria era ter ficado mudo para não passar mais vergonha.

 Desculpas

 Nada de proveito falou o tal de Rodolfo Landim. Em toda a sua fala, ele tenta repassar a culpa para terceiros e nunca assume a real responsabilidade por tudo que ocorreu. Em vez de dar esperança às famílias das vítimas, culpa tudo e todos, e tira o corpo fora. Foi tudo que alguém pôde deduzir de suas palavras…

 Vergonha

 Em vez de garantir que o clube dará uma indenização justa (se é que há algo justo para quem perdeu um filho de 14, 16 anos), o dirigente joga com as palavras, e, mais uma vez, engana a todos. Ou, pelo menos, ele pensa que engana.

Se liga, Mané. Ninguém está pedindo esmolas. É obrigação do clube, dar o devido valor àqueles que perderam a vida defendendo suas cores.

O resto é “conversa para boi dormir”.

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