Coronavírus

Wagner Penna 

Depois de balançar as semanas de moda em Milão e Paris, onde o assunto passou da moda para a saúde geral, o coronavírus começa também a preocupar o circuito fashion nacional – em duas pontas. A primeira é a incerteza criada diante dos principais eventos do setor da temporada, marcados para abril, a Minas Trend e a São Paulo Fashion Week. Novas informações são esperadas para os próximos dias.

Na outra ponta, estão os fabricantes de roupas & afins – atingidos pelos atrasos na entrega da matéria-prima têxtil, quase toda importada da China. Sem contar o varejo que trabalha com produtos prontos vindos da Ásia, onde o vírus se espalhou de alguma forma.

O importante é que não haja alarmismo e nem pânico.

Vaivém

 

  • No vaivém fashion da Europa, Giorgio Armani foi o primeiro estilista a tratar o assunto do coronavírus com cautela. Atingido em cheio pela notícia do vírus em Milão, justo no dia do seu desfile, fez a apresentação fechada e mostrada apenas pelas redes sociais.

 

  • O carnaval passou com os bloquinhos arrasando em criatividade fashion em suas fantasias. Simples e alegre. Já no carnaval baiano, as estrelas de sempre fizeram feio nos trios elétricos, com roupas terríveis e de extremo mau gosto. Desde laçarotes gigantes até manga gigantes, tipo balão de ar quente, deixaram os fashionistas perplexos.

Ponto final.

A temporada de lançamentos de inverno 2020 em pronta-entrega (leia-se por atacado), nos showrooms de Beagá, começam na primeira quinzena de março. Com a agenda de visitas programadas na maioria delas, o vaivém de compradores está garantido. O fato é que, terminando o carnaval, as confecções trabalharam muito buscando confirmação (apreensivas com zum-zum-zum do coronavírus) e não houve desistência. Amém.

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