Consumidor de frutas e hortaliças teve um bom ano

 Jorge Guimarães

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira, os números da inflação oficial do Brasil. Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acelerou um pouco e ficou em 0,44%. Mas, essa pequena alta não impediu que a inflação fechada de 2017, 2,95%, ficasse no menor nível desde 1998 e abaixo do piso da meta.

No freio da mesma está o item alimentação. No ano passado, caiu o preço de itens como o arroz, açúcar, frutas e leite. A super safra produzida no campo, quase 30% maior que a anterior, foi um dos motivos que fez a inflação ser a mais baixa em quase 20 anos.

Hortifrutis

E os hortifrutis também tiveram sua porcentagem nessa conta. Assim, o ano de 2017 foi mais favorável ao consumidor de frutas e hortaliças em comparação a 2016. É o que aponta o comparativo anual elaborado pelo Departamento Técnico da CeasaMinas, segundo o qual, o preço médio do grupo de hortigranjeiros no atacado do entreposto de Contagem apresentou queda de 12,4%. De modo geral, a redução foi influenciada, principalmente pelas boas condições climáticas ao longo do ano, o que favoreceu o aumento da oferta. O cenário de retração econômica também contribuiu para segurar os preços.

Hortaliças

No grupo das hortaliças, que inclui legumes e verduras, a redução média de preços foi de 19,8% em relação a 2016. Os produtos que mais influenciaram a queda foram a batata (-50%), cebola (-25,%), tomate, inhame, cenoura e moranga híbrida (-19%), de R$ 1,05 para R$ 0,85/kg.

No sentido inverso, algumas hortaliças ficaram mais caras na média de 2017, com destaque para a mandioca (47,4%). Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a alta foi resultado, sobretudo, da queda de 10,8% na quantidade ofertada no mercado. Isso porque os baixos preços praticados em 2016 desestimularam muitos produtores a fazer novos plantios para o ano seguinte, levando a redução de áreas plantadas.

Outras hortaliças com aumentos de preço foram o quiabo (12,5%), o pimentão e pepino (17,9%).

Frutas

No grupo das frutas, a queda do preço médio foi de 8,6%, com destaque para o mamão formosa (-34,7%), mamão Havaí, banana prata, banana nanica e abacaxi (-7,8%).

Entre as frutas que apresentaram altas, estão a laranja (7,06%), limão (2,6%) e manga, praticamente estável com variação de (0,4%).

Outros destaques que favoreceram ao consumidor na média do ano passado foram o repolho, abobrinha italiana, chuchu, milho verde, uva niágara, tangerina ponkan e morango.

Preços

Os preços nas gôndulas dos supermercados da cidade acompanharam os números de queda ao longo do ano, quando se viu uma estabilização dos preços, sempre com a média caindo mais que subindo.

— Com a super safra de 2017, aliado as chuvas foi o termômetro da estabilidade dos preços. Com o período chuvoso, a nossa expectativa é de que pelo menos o tempo vai contribuir, e muito, para a manutenção dos preços — avaliou o supervisor de loja de supermercado, Carlos Oliveira.

   

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