Construção está otimista, mas emprego continua em queda

 

 

Pablo Santos

 Os empresários do setor de construção estão com o índice de confiança em alta, após sete meses abaixo do indicador apurado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Apesar do resultado, os empregos do setor continuam encolhendo em Divinópolis nos últimos 12 meses.

De acordo com dados da Fiemg, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) ficou praticamente estável frente a novembro (59,4 pontos), registrando 59,5 pontos em dezembro.

Com o resultado, o indicador manteve-se acima dos 50 pontos – fronteira entre confiança e falta de confiança – pelo segundo mês consecutivo, depois de sete meses abaixo do nível. O índice foi 8,2 pontos superior ao de dezembro de 2017 e o maior para o mês em oito anos, ficando 9,8 pontos acima de sua média histórica, de 49,7 pontos. A série histórica do indicador iniciou-se em fevereiro de 2010, quando atingiu seu maior valor, com 72,9 pontos.

Já o indicador nacional avançou 1,6 ponto entre novembro (60,7 pontos) e dezembro (62,3 pontos), e também foi o maior para o mês em oito anos.

O Iceicon-MG é resultado da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos apontam percepção de piora na situação atual e expectativa negativa para os próximos seis meses, respectivamente.

Ainda de acordo com os dados da Fiemg, o índice de condições atuais recuou 1,7 ponto em dezembro (46,4 pontos), frente a novembro (48,1 pontos). O indicador ficou abaixo de 50 pontos – o que vem ocorrendo há mais de seis anos – significando que os empresários perceberam piora nas condições atuais de negócio. Contudo, o índice foi 0,7 ponto superior ao verificado em dezembro de 2017 e o mais elevado para o mês em seis anos.

Emprego

Apesar do otimismo dos empresários, a construção civil continua fechando oportunidades de trabalho em Divinópolis. Em novembro, 58 vagas foram encerradas com carteira assinada. No acumulado do ano, o número de oportunidades cortadas é menor: 27. Já em um ano, as vagas na construção civil tiveram um corte maior na cidade, chegando a 151 oportunidades finalizadas, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho.

 

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