Como me comportarei?

Antônio de Oliveira

Desejar faz parte da nossa vida. Tomemos como exemplo o ensino médio recém-concluído. Um desejo realizado. Surge outro a alcançar, em geral o desejo de ingressar na universidade ou de se direcionar para um determinado projeto de vida, como estudar e trabalhar. Enfim, é uma encruzilhada. Ou: mais uma... Principalmente num ano atípico, como 2020. Meses de pandemia. 

Seguindo o poema de Carlos Drummond de Andrade, gostaria de lhe desejar tantas coisas neste início de ano de 2021. Mas nada seria suficiente, continua Drummond. Então desejamos apenas que você alcance seus desejos. “Grandes desejos e que eles possam te mover a cada minuto, no rumo da tua felicidade.”

Um passo depois do outro... Mas isso não funciona assim, como num passe de mágica. Depende, dentre outras variáveis, do tamanho do passo ou da passada, quando muita coisa pode acontecer. Assim se realiza, assim varia a caminhada de cada vida. 

Difícil medir cada passo, caso a caso. Às vezes estamos numa direção, achando-nos donos da situação, captando toda a essência dos nossos procedimentos. De repente... Um novo coronavírus, uma inundação, um rompimento de barragem, um passo em falso. Custa-nos, às vezes, acertar o passo.

Na grande plateia do teatro da vida, muita gente a bater palmas à chegada do novo ano. Por mim, eu não me pergunto tanto como será o ano entrante. Prefiro fazer a pergunta: como me comportarei ao longo do ano na sequência da vida? 

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