Combate à fake news

No último sábado, tabloides ingleses, maldosos como sempre, especularam sobre a existência de um love affair entre Dona Mariquita e Gianni Infantino, presidente da Fifa. Imediatamente, a assessoria da Internacional entrou em campo para desmentir, sob alegação de que tudo não passava de fake news. Realmente, a suspeita não tinha fundamento. Dona Mariquita e Infantino são amigos de longa data. Inclusive, o cartola atribui a ela a sua ascensão ao cargo máximo do futebol mundial.

Mais tarde, Dona Mariquita soltou outra nota na qual foi enfática: “Sou a favor e até incentivo a liberdade de imprensa com os outros. Comigo não. Não aceito que se macule o meu nome. Na atualidade, não existe mulher mais santa do que eu”. Horas depois, como viram que encontraram pedreira, os referidos tabloides começaram a pedir desculpas em seus sites. Tony Gallagher, editor do The Sun, escreveu com letras garrafais: “Foi mal, madame!”.

Acredito que, se a notícia envolvesse um Cristiano Ronaldo ou Alisson ou Rakitic ou Subasic ou um Antoine Griezmann, Dona Mariquita não se importaria. Não é por nada, mas, como as referidas figuras são mais apresentáveis, a Internacional teria a imagem menos arranhada. Aliás, ela seria, na verdade, muito invejada. Imagine, uma mulher na idade dela balançando corações tão jovens!

Ao desembarcar em Moscou, Dona Mariquita levou em seu coração três seleções: o Brasil, por ser a sua terra natal; a França, por ser a sua pátria adotiva; e a Inglaterra, devido à sua amizade com a rainha. Nesse espírito, tão logo se acomodou em solo russo, foi até Sochi para uma conversa reservada com Tite. Depois de três horas de debate, de avanços e reveses, em determinado momento, bem no ouvido do treinador, disse Dona Mariquita:

— Tite, meu amigo, esse negócio de Neymar não vai virar nada. Esse menino é muito momento, os adversários não gostam dele, pisam-lhe o pé, dão caneladas! Atenção: ainda dá tempo de você chamar o Rafinha.

— Você está doida, Mariquita, o time do Neymar, os patrocinadores...

— Tite, ponha sua barba de molho, porque você não passa das quartas de final. Quer saber? Eu vou procurar o Didier Deschamps. Direi a ele que dê mais espaço ao Kylian Mbappé e a França será a campeã desta Copa. Passar bem, carcará!

Gente, não deu outra: a França é a campeã da Copa do Mundo de 2018. Há quem me pergunte: como você sabe tanta coisa sobre Dona Mariquita? Ora, quando ela ainda residia em Divinópolis, numa casa que existia ao lado do ginásio do Estrela, hoje uma escola de idioma, nós tomávamos chá às quintas-feiras. Mas quem me passa tudo é a sua secretária, Cíntia Alencar, minha ex-colega de trabalho. Afinal, para que existe WhatsApp?

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