Coluna Batendo Bola (08/10/2019)

José Carlos de Oliveira

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Futebol da cidade está de luto

Após dias lutando pela vida, em coma e com morte cerebral já atestada pelos médicos devido a uma pneumonia, faleceu na noite de domingo o desportista Anderson Rosa Ferreira, que trabalhou durante anos no Flamengo, de Mendes Mourão, e, em seguida, foi roupeiro do Guarani, de Porto Velho, nas últimas temporadas.

Tratado carinhosamente pelos amigos por Dante, Anderson ficou no Guarani de 2010 a 2018, participando das campanhas vitoriosas do alvirrubro nas conquistas dos títulos do Módulo II nos anos de 2010 e 2018.

Sepultamento

Cercado por amigos e familiares, Dante foi um guerreiro em seus últimos momentos nesta terra, mas acabou abatido pela doença que o acometeu. Ele foi velado durante todo o dia de ontem no Salão Comunitário do bairro Jusa Fonseca e, no meio da tarde, teve seu corpo sepultado no cemitério Parque da Colina, no mesmo bairro.

Meus sentimentos aos seus familiares!

O pesadelo azul e branco

Nada está tão ruim que não possa piorar... Parece impossível, mas esta é a realidade de hoje do Cruzeiro Esporte Clube, com seu torcedor vivendo dias de terror e sempre com medo de que algo ainda pior possa acontecer.

Resultados

E o último fim de semana foi um desastre só, que a China Azul tenta esquecer a qualquer custo. Além de seu time não fazer o dever de casa, perdendo pontos preciosos em pleno Mineirão no empate com o Internacional, seu rivais venceram na rodada e afundaram ainda mais a Raposa.

Com os triunfos de CSA (2 a 1 no Avaí) e Fluminense (1 a 0 no Botafogo), o time celeste caiu mais uma posição na tabela (agora é o 18º colocado) e, mesmo que vença o próximo jogo, permanecerá na zona de rebaixamento pelo menos até o próximo domingo.

Guerra interna

A decepção do torcedor com o que o time de futebol apresenta em campo é suplantada pelos sucessivos erros de sua diretoria, que parece não enxergar o óbvio. E nesta guerrinha de interesses (entre posição e oposição) só sabem empurrar o clube ainda mais para o buraco.

Números

Não adianta tentar dourar a pílula. A realidade é dura e triste para o torcedor azul, e se o Cruzeiro não mudar toda a história nas próximas rodadas, nos duelos contra o Fluminense (quarta-feira, no Mineirão) e a Chapecoense (na noite de domingo, em Chapecó), a situação ficará ainda pior e só um milagre salvará o clube da Série B.

E nem adianta falar o contrário, são os números que atestam esta verdade, e contra eles não há nada a se fazer.

A violência das organizadas

Eles são minoria (pois mesmo nas organizadas a maioria das pessoas são do bem), mas vêm fazendo um inferno que não tem fim. Invadem centros de treinamentos, armam todo tipo de tumulto e ainda tentam dar de santinhos. Bando de baderneiros hipócritas, que enxergam somente o próprio umbigo.

Usam e abusam dos clubes do coração (ganhando muito dinheiro com sua paixão clubística) e ainda se sentem no direito de partir para a violência.

Menos

É bom dar um basta nesta onda de terror. Este grito de guerra de determinadas torcidas organizadas, de que se “não for por amor será pela dor”, não levará os times a lugar nenhum. A tendência é ficar ainda pior.

Projeto de lei

E buscar meios para coibir os abusos de determinados torcedores ‘organizados’ é tudo que se pede neste momento. E um Projeto de Lei da Câmara 12/2017, de autoria do deputado federal André Moura (PSC/SE), pode ser a luz no fim do túnel.

Se aprovado, será um freio para a violência das organizadas, pois permitirá a punição dos torcedores violentos mesmo quando os atos forem praticados em datas e locais distintos aos eventos esportivos, mas motivados por eles.

É hora de todos abraçarem esta ideia e colocar um fim ao caos, dando uma sacudida nestes baderneiros travestidos de torcedores, colocando-os nos seus devidos lugares.

Todo o resto é conversa para boi dormir.

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